Líderes dos grupos 1 e 2, Araçatuba e Paulista, respectivamente, levaram a seus estádios até aqui, um público que, em média, supera nove dos 15 clubes da competição em mais de dez vezes.

O destaque vai para o Canário, que teve mais de três mil torcedores presentes em seus dois últimos jogos em casa, número este que supera o público total dos jogos dos outros 15 times do torneio - com exceção feita ao Galo de Jundiaí.

A média de público do time nos três jogos em casa até aqui é de 2.881. Já a do Paulista, que atuou duas vezes no Jayme Cintra até a metade desta primeira fase, levou, em média, 1.651 adeptos ao estádio.

O Araçatuba retornou às competições em 2024 após quatro anos licenciado e a torcida provou que estava com saudade do clube. Não à toa, o estádio Adhemar de Barros recebeu festa do público nas três partidas do Canário até aqui na competição.

O Paulista, por sua vez, foi rebaixado da quarta divisão e atingiu o ponto mais baixo de sua história, que tem o título da Copa do Brasil e a disputa de uma Libertadores, ne metade da década de 2000, como auge.

O levantamento considera as médias de público dos 40 jogos disputados até agora na competição.

Depois de Araçatuba e Paulista, abre-se um verdadeiro abismo nas médias de público na Bezinha. O terceiro colocado no ranking é a Inter de Bebedouro, que em três jogos teve uma média de 579 torcedores no estádio.

Abaixo dos dez primeiros, o cenário é ainda mais desolador: todos os clubes têm média de menos de 100 pagantes por jogo. O pior clube neste quesito é o Manthiqueira, com 40 espectadores por partida em três compromissos em casa até aqui (confira o ranking completo ao final da matéria).

A baixa adesão do público reflete em outro aspecto: o financeiro.

O bom público registrado por Araçatuba e Paulista levaram às maiores arrecadações da Bezinha. O Canário, por exemplo, registrou uma renda bruta de, em média, mais de R$ 50 mil com bilheteria.

No caso do Galo de Jundiaí, a média é de mais de R$ 28 mil.

Os outros clubes passam longe dos números em questão e, para 11 deles, a realidade é ainda pior: o saldo das partidas em casa até aqui foi negativo, já que a arrecadação sequer cobriu as taxas para a realização das partidas.

Neste quesito, o "campeão" entre os saldos negativos é o Barcelona-SP. Com média de arrecadação de pouco mais de R$ 2 mil, o clube registrou um prejuízo médio de mais de R$ 16 mil em duas rodadas.

Os mais de 2.800 torcedores por jogo, em média, deixam o Araçatuba com uma média de público, na quinta divisão estadual, superior à de seis clubes da Série B do Brasileiro.

Entre os times com menos espectadores que o Canário na segunda divisão nacional estão os tradicionais América-MG (1.537 em três jogos) e Botafogo-SP (2.759 também em três jogos), por exemplo.

Os "vizinhos" Mirassol e Novorizontino, além de Ituano e Brusque completam a lista. Lanterna no quesito, o Quadricolor joga na cidade de Itajaí, enquanto o estádio Augusto Bauer, em Brusque, é reformado.

• 1º - Araçatuba - 2.882 pessoas
• 2º - Paulista - 1.651 pessoas
• 3º - Inter de Bebedouro - 579 pessoas
• 4º - Flamengo-SP - 270 pessoas
• 5º - Tupã - 268 pessoas
• 6° - Olímpia-SP - 248 pessoas
• 7º - São Carlos - 188 pessoas
• 8º - Tanabi - 178 pessoas
• 9º - União Mogi - 156 pessoas
• 10º - Barcelona-SP - 149 pessoas
• 11º - ECUS - 102 pessoas
• 12º - Mauaense - 69 pessoas
• 13º - Mauá - 59 pessoas
• 13° - Colorado Caieiras - 59 pessoas
• 15º - Fernandópolis - 58 pessoas
• 16º - Atlético Mogi - 53 pessoas
• 17º - Manthiqueira - 40 pessoas