Em entrevista ao programa Em Cima do Lance da CBN Floripa, o procurador do Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de Santa Catarina, Mário Bertoncini, comentou o caso e afirmou que as duas equipes podem sofrer graves punições.

O parágrafo 3º do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva fala que quando a torcida visitante é a provocadora do tumulto, tanto a entidade visitante quanto a mandante do jogo respondem pelos fatos. Suspensão de uma a dez partidas, mais multa — explicou.

Na volta do intervalo uma confusão generalizada entre torcedores do Alvinegro e do Grená interrompeu a partida por cinco minutos, até que o policiamento interferisse e retomasse a ordem nas arquibancadas. O caso foi citado em súmula do árbitro paranaense Lucas Casagrande.

Relato que a partida foi paralisada por cerca de 4 minutos no segundo tempo, em razão de confronto entre as torcidas de ambos os clubes. Foi necessária a intervenção policial para cessar o conflito. Até o término da presente súmula foi lavrado o boletim de ocorrência.

Antes da briga entre as torcidas, um torcedor do Figueirense apareceu ironizando a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, o que poderia ter gerado a confusão. Sobre o caso, cabe processo civil ao torcedor, mas não há punição para o Figueirense.

Um caso parecido aconteceu com o Figueirense na disputa da Série C em 2022. Na virada diante do Paysandu por 2 a 1, dentro do Estádio Orlando Scarpelli, a torcida visitante depredou cadeiras e arremessou para o campo, além de uma bomba atirada para a torcida alvinegra.

O Figueirense foi punido pelo STJD com perda de dois mandos de campo, com portões fechados mais R$ 3 mil de multa. O clube recorreu e conseguiu diminuir a decisão para um jogo com portões fechados mais R$ 20 mil de multa parcelada em 10 vezes.