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Por Bruno Halpern — Porto Alegre


A CBF suspendeu o Campeonato Brasileiro por duas rodadas, mas Conmebol manteve as partidas do Inter pela Copa Sul-Americana, com o próximo compromisso dia 28, contra o Belgrano. A postura da entidade gerou críticas do goleiro Sergio Rochet, um dos jogadores mais ativos no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Goleiro Rochet, do Inter, ajuda desabrigados no Rio Grande do Sul

Goleiro Rochet, do Inter, ajuda desabrigados no Rio Grande do Sul

Por conta da situação na capita gaúcha, a Conmebol adiou duas rodadas do Colorado no torneio. Os confrontos diante de Real Tomayapo e Delfín foram remarcados para os dias 4 e 8 de junho, respectivamente. Este último com o Inter como mandante, assim como ocorrerá diante do Belgrano, dia 28, ambos ainda sem local definido.

– É difícil pensar em futebol. Como profissional, tem que jogar. Mas quando chego em casa, olho a rede social, vejo mensagens que chegam do Uruguai, família, amigos perguntando sobre o que está acontecendo tudo aqui, o momento que está passando todo o Rio Grande do Sul... Não entendo a Conmebol – desabafou o goleiro em entrevista para a RBS TV.

Rochet, goleiro do Inter, ajuda afetados pela chuva no RS — Foto: Divulgação/Centro Social Padre Leonardo

No recesso do clube, Rochet realizou diversas ações e manteve a rotina na retomada dos treinos. A mais recente ocorreu na terça, junto a Fabrício, seu reserva na posição, e o preparador de goleiros Leonardo Martins. A realidade do Rio Grande do Sul faz o uruguaio avaliar que o futebol deveria ser paralisado neste momento.

– Acho que era momento para parar e nós que estamos aqui sabemos o que as pessoas estão vivendo. Escutei muitos treinadores e jogadores pedindo também isso. Também parabenizar eles que estão sendo empáticos – destacou Rochet, em referência aos outros 14 clubes que apoiaram a pausa no Brasileirão.

Rochet chega para treino do Inter — Foto: Tomás Hammes

Fabrício tem um discurso semelhante. O goleiro reserva do Inter diz que não há como focar apenas no trabalho com o cenário do estado. Ainda mais por estarem envolvidos com a comunidade na onda de solidariedade que marca o povo.

– Tentamos nos dividir entre doações, ajuda e agora os treinos. Sabemos que é difícil desligar a chave pelo que ocorre no extracampo. Vemos muita tragédia. Acho que não é o momento oportuno. O mínimo foi feito com as duas rodadas canceladas. Precisaremos de muito treino para entrar na parte física, mas a mental continuará afetada por um tempo – apontou.

Rochet e Fabrício seguem a rotina de trabalhos com o grupo do Inter. Na tarde desta quinta-feira há nova rotina de exercícios no Parque Esportivo da PUCRS. O elenco tem mais 12 dias de trabalho até o duelo marcado com o Belgrano pela Sul-Americana.

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