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Por Redação do ge — Ponta Grossa


Era jogo para três pontos. Foi o que o técnico do Operário-PR, Rafael Guanaes, disse na entrevista coletiva depois do empate em 1 a 1 com o Paysandu, na Curuzu. Os números concordam. O comandante fez mais elogios do que críticas ao time, mas precisou, outra vez, buscar argumentos para explicar o baixo aproveitamento de oportunidades criadas.

O Fantasma teve um gol anulado por impedimento que, se fosse validado, mudaria o contexto do jogo. O áudio do VAR promete ser esclarecedor. De qualquer forma, o time de Ponta Grossa toma o gol do Paysandu, em cobrança de pênalti, aos 30 minutos do primeiro tempo. Sem desanimar, a equipe volta melhor do intervalo e reage criando inúmeras oportunidades, mas só aos 42 do segundo tempo o gol sai, depois de mais de vinte tentativas: de Vinícius Diniz para Ronald balançar as redes.

Jogando fora de casa, em um calor com o qual não está acostumado e diante da pressão da torcida adversária, o Fantasma mandou no jogo no segundo tempo. Foram 25 finalizações, ao todo, sendo nove no alvo - apenas uma mudou o placar. Que a eficiência é um problema já se sabe desde o Campeonato Paranaense. O alerta, dessa vez, fica para o comportamento ansioso dos jogadores na tomada de decisão.

A ansiedade ficou escancarada, primeiro, no lance do pênalti. Nicolas não apresentava nenhum perigo para que Índio precisasse reagir de tal forma.

O time teve oscilações de desempenho depois do gol, natural, mas quando o segundo tempo começa, o Operário-PR surpreende o Paysandu com a disposição para buscar o empate. Aí, Vinícius Diniz, Pedro Lucas, Rodrigo Rodrigues, Felipe Augusto e Willian Machado poderiam ter diminuído o sofrimento mais cedo. Quando não errava a mira, o Fantasma finalizava nas mãos do goleiro, que, claro, também tem mérito.

Rafael Guanaes costuma dizer que o gol é coletivo. Em um elenco com mais de 30 jogadores, o Operário-PR tem tido peças suficientes para criar volume ofensivo, mas ainda não mostrou quais relações farão meio e ataque encaixarem. Quando isso acontecer, talvez a equipe descubra um jogador decisivo que complete as tantas oportunidades.

Resolver o desequilíbrio entre números de ataque e defesa será fundamental para a permanência do Operário-PR na parte de cima da tabela nesta Série B.

Paysandu 1x1 Operário-PR pela Série B — Foto: Jorge Luís Totti/ Paysandu

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