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Por Redação ge — Rio de Janeiro


Comemorado nesta segunda-feira, o Dia do Orgulho LGBTQIA+ surgiu como lembrança aos protestos realizados em 28 de junho 1969 no bar Stonewall, frequentado por grupos minoritários alvos da repressão policial em Nova York, nos Estados Unidos. Ao longo deste mês, equipes da Fórmula 1 como Mercedes, McLaren, Aston Martin e Williams lembraram da data e anunciaram projetos para promover mais conscientização sobre o tema no esporte a motor.

Além disso, o último sábado contou com a presença da primeira piloto LGBTQ+ no pódio de uma categoria do automobilismo; a britânica Sarah Moore, que é lésbica, chegou em segundo lugar na etapa da Áustria da W Series, categoria 100% feminina e de suporte à F1 em 2021.

Sebastian Vettel carregou bandeira do arco-íris no halo da Aston Martin ao longo do mês de junho — Foto: Aston Martin

- Essa é para todos vocês. Vocês são incríveis e eu não poderia estar mais orgulhosa de estar naquele pódio representando nossa comunidade. Me tornar o primeiro piloto abertamente gay a subir no pódio durante um fim de semana de corrida me deixa muito feliz. É ótimo fazer parte de uma nova onda de representação dentro do esporte e espero que o progresso continue - disse Moore, da Scuderia W.

Moore, de 27 anos, foi a primeira mulher a vencer provas no campeonato britânico de endurance antes da W Series, categoria que teve como um dos fundadores o ex-chefe de Comunicação da McLaren Matt Bishop, primeira pessoa abertamente gay na F1 e que hoje desempenha a função na Aston Martin.

Sarah Moore, da Scuderia W, chegou em segundo lugar na prova da W Series vencida por Alice Powell, na Áustria — Foto: Clive Rose/Getty Images

No início de junho, a equipe britânica anunciou uma parceria com a Racing Pride, iniciativa fundada pelo jornalista Christopher Sharp e o piloto Richard Morris para promover conscientização e apoio a pessoas LGBTQIA+ no automobilismo.

- Esta iniciativa é uma forma de sermos proativos como uma equipe na quebra de barreiras e na promoção da positividade - declarou Lance Stroll, piloto do time.

A Aston Martin também prometeu desenvolver medidas que visam aumentar a diversidade internamente, com apoio da Racing Pride, além de publicações sobre a temática. Neste mês, os carros de Stroll e Sebastian Vettel também receberam a logo da Racing Pride e as cores da bandeira do Orgulho LGBTQIA+.

- Fico muito feliz por estar em um mundo no qual certos tópicos estão cada vez mais em evidência. Acho que toda forma de discriminação é errada, e não deve influenciar o caminho que você deseja tomar. Só posso dizer: tenha orgulho de quem você é, do que você é e do que gosta; defenda isso. E para todas as pessoas que pensam diferente disso, acho que o tempo delas está acabando e elas um dia serão extintas - disse Vettel.

Saúde mental

A McLaren, que desde o ano passado tem se engajado na promoção da saúde mental, também lembrou da data e divulgou a iniciativa do instituto britânico de saúde mental Mind, parceiro da equipe desde 2020, voltada para a atenção aos cuidados para pessoas LGBTQIA+.

- Aqueles de nós que se identificam como LGBTQIA+ são mais propensos a desenvolverem problemas como baixa autoestima, depressão, ansiedade, transtornos alimentares, sentimentos suicidas, abuso de álcoole drogas e automutilação. Ser LGBTQIA+ não causa esses problemas. As razões em sua maioria tem a ver com coisas como homofobia, bifobia e transfobia, estigma e discriminação, experiências ruins em se assumir, auto isolamento, exclusão e rejeição - explica a instituição.

Apoio

Além da Aston Martin e McLaren, Mercedes e Williams também lembraram do Mês do Orgulho LGBTQIA+ nas redes sociais.

- Comemorando o Mês do Orgulho com uma série de atividades internas e externas em junho! O orgulho é a celebração de todas as identidades, tão diversas quanto as cores do arco-íris - escreveu a heptacampeã de construtores.

- Junho é o Mês do Orgulho e temos o prazer de apoiar e celebrar nossa força de trabalho diversa e inclusiva, que inclui nossos colegas LGBTQIA+ - publicou a Williams.

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