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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


O estado de saúde de Michael Schumacher é guardado a sete chaves desde o grave acidente de esqui sofrido pelo alemão em Méribel, na França, em 2013. A esposa do heptacampeão, Corinna, é a principal responsável por manter a privacidade do ex-piloto - e seu estilo de vida, segundo o ex-chefe Eddie Jordan, se assemelha ao de uma prisioneira.

- Faz quase dez anos e a Corinna não pôde ir a uma festa, um almoço, isso ou aquilo. Ela é como uma prisioneira, porque todos iriam querer falar com ela sobre Michael, quando ela não precisa de lembretes a cada minuto - disse ao The Sun Online.

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Eddie Jordan foi o fundador da Jordan, equipe que deu a Michael sua primeira chance na F1, em 1991. Com a prisão de Bertrand Gachot - preso após julgamento por uma briga de trânsito com um taxista -, uma das vagas na equipe ficou disponível.

O alemão levou a melhor graças ao apoio financeiro da Mercedes e uma mentira: o empresário Willi Weber garantiu que Schumacher era familiarizado com traçado de Spa-Francorchamps, palco do GP da Bélgica. Michael nunca havia pisado no circuito.

Willi Weber, Michael Schumacher e sua esposa Corinna em 2001 — Foto: Getty Images

Na classificação, Michael fez o sétimo melhor tempo, impondo 0s7 de vantagem sobre o companheiro Andrea de Cesaris. Na corrida, o bom desempenho não se repetiu. Com problemas na embreagem, Schumacher abandonou logo na primeira volta. A passagem pela Jordan durou apenas um GP: na corrida seguinte, na Itália, o alemão já havia se transferido para a Benetton.

Pouco depois do acidente, no fim de 2013, Eddie tentou visitar o heptacampeão - mas teve o pedido negado por Corinna. O irlandês garante ter entendido a decisão da esposa de Michael, que teria estabelecido uma política que restringe visitas ao círculo social mais próximo. Dentre os não familiares autorizados a ver Schumacher está Jean Todt, ex-chefe da Ferrari e ex-presidente da FIA, que já declarou ver corridas da F1 atual com o ex-piloto.

- Privacidade é um aspecto vital ao esporte, aos negócios e para a vida pessoal. Conheço (Corinna) muito bem, desde antes do Michael. (...) Eles disseram: "Eddie, te amamos, e estamos envolvidos com você há algum tempo, mas precisamos salvaguardar o Michael - revelou Eddie à OLBG.

O ex-chefe da Jordan também analisou a carreira de Mick Schumacher, filho do heptacampeão, que correu na F1 por duas temporadas, pela Haas. Para Eddie, a pressão atrelada ao nome do pai é um empecilho à carreira do jovem de 24 anos.

Eddie Jordan e Michael Schumacher em Spa, em 1991 — Foto: Getty Images

- Se ele não tivesse a pressão pairando sobre ele, provavelmente seria um piloto muito melhor do que pensamos. Mas é o pai dele, ele tem que entender e lidar com isso. Meus pensamentos estão com ele. (...) Mick precisa de seu próprio tempo e espaço livres, como todo mundo naquela família - finalizou Eddie Jordan.

Há dois anos, Mick Schumacher guiou o Jordan 191, carro da estreia de Michael, em comemoração aos 30 anos da primeira corrida do pai, no GP da Bélgica de 1991.

A F1 2023 retorna no dia 2 de abril com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada. Veja dias e horários das corridas da temporada aqui.

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