A possibilidade de o italiano Carlo Ancelotti assumir o comando da Seleção é tema de conversas bem-humoradas entre o treinador e os jogadores brasileiros do Real Madrid. Quem afirma é o atacante Rodrygo, em entrevista exclusiva à Globo.
– A gente mais brinca e fala: "Pô, Mister, estamos te esperando lá". Ele brinca que a gente vai fazer a convocação juntos. Os três, os quatro na mesma sala. Ajudar a convocar (risos). A gente fala mais no tom de brincadeira, mas toda brincadeira tem um pouquinho de verdade. A situação lá é difícil, tem que sair do Real Madrid para poder vir pra cá. Então não dá para dizer antes como vai ser, mas claro que seria uma honra ter ele aqui.
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Rodrygo revela brincadeiras de Carlo Ancelotti sobre assumir a seleção brasileira
Além de Rodrygo, Ancelotti comanda atualmente os brasileiros Éder Militão e Vini Junior.
Ainda segundo Rodrygo, o italiano demonstra desejo de treinar o Brasil:
– Quem não quer assumir a Seleção? Ele tem respeito pelo Real, mas, caso ele saia, acredito que ele seja um dos principais nomes para vir para cá.
Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até o meio de 2024. Para negociar a contratação dele, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, viajará à Europa em abril.
Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, que interessa à seleção brasileira — Foto: Divulgação / Real Madrid
Rodrygo rasgou elogios ao multicampeão treinador. Questionado sobre o que Ancelotti ofereceria ao Brasil, o atacante disse:
– Experiência, ganhou tudo. Sabe lidar com grupo e vestiário, isso é muito importante. Às vezes o treinador nem precisa ser o melhor técnico taticamente, dar as melhores palestras, o time já corre por ele. Ele é muito bom de vestiário e isso faz diferença.
– Ele é aquele treinador que faz o simples, não inventa muito. Faz o que tem que ser feito. Às vezes, a gente fica com muita tática, muito isso e aquilo e às vezes não é o que precisa. Ele não fica fazendo loucuras taticamente, faz o simples e vem dando certo.
Pênalti na Copa
Na entrevista exclusiva, Rodrygo também falou sobre a eliminação no Mundial do Catar. Mais jovem dentre os jogadores que estavam em campo, o atacante assumiu a responsabilidade de abrir a disputa de pênaltis contra a Croácia, nas quartas de final, e errou.
– Em nenhum momento passou pela minha cabeça que poderia perder o pênalti. Foi uma surpresa, tinha feito os últimos cinco que tinha batido. Nunca fugi da responsabilidade, mas só erra quem bate e infelizmente aconteceu comigo e com o Marquinhos – disse Rodrygo, que explicou por que foi o primeiro a bater:
– Gosto de começar batendo, por ter confiança também no meu pênalti, acho que bato bem, quando perguntaram eu falei: "Vou bater". A ordem eles decidiram lá. Eu falei: "se precisar bater o primeiro, eu bato". Me coloquei à disposição, eles decidem lá porque era o mais novo. Não vou chegar falando "quero ser o primeiro, quero ser o último". Apenas me coloquei à disposição, aí fizeram a ordem e eu comecei.
Rodrygo foi reserva na seleção de Tite na Copa, mas participou de todas as partidas no Catar.
– Foi acho que um dos momentos mais tristes da minha vida por tudo que a gente vinha fazendo na Copa, eu particularmente vinha jogando muito bem a Copa e sempre estava entrando e ajudando de alguma forma. Muita gente me mandava mensagens boas falando "continua assim, você está indo super bem". Eu estava confiante.
A seleção brasileira volta a campo nesse sábado, em amistoso contra o Marrocos, às 19h (de Brasília).
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