O Tribunal de Justiça da União Europeia definiu a data de julgamento do caso Superliga Europeia. No dia 21 de dezembro, o órgão vai decidir se defere ou não uma acusação de monopólio da Uefa na pirâmide do futebol europeu, feita pela A22 Sports Management. O novo CEO Bernd Reichart torce por uma decisão favorável à empresa auxiliadora do projeto, o qual passou por uma reformulação e tem somente Real Madrid e Barcelona como clubes remanescentes.
Superliga Europeia: do ousado projeto ao fiasco em poucos dias
No estudo do processo, o tribunal europeu vai avaliar se a Uefa e a Fifa agiram conforme a lei ao impedir a criação da Superliga Europeia e ao tentar punir os clubes fundadores.
- O futebol de clubes está à beira de uma grande mudança. Esperamos que o Tribunal de Justiça Europeu acabe com o monopólio e imponha as liberdades fundamentais para a União Europeia no mundo do futebol. Torcedores, clubes, jogadores e o esporte do futebol seriam os vencedores em um mercado aberto a uma competição de ideias e na qual clubes poderiam governar e organizar uma competição de futebol europeia sem medo de ameaças - declarou Reichart.
Bernd Reichart, CEO da Superliga Europeia — Foto: Boris Breuer / A22
Em fevereiro, Reichart apresentou os novos princípios do projeto da Superliga Europeia. Um deles é de fazer uma liga aberta, composta por 60 a 80 times separados em divisões. Além disso, os clubes devem ser os próprios responsáveis pelas competições europeias, mas também continuar a se comprometer com os campeonatos nacionais.
Em abril de 2021, 12 grandes clubes do continente resolveram lançar uma competição em oposição à Liga dos Campeões da Uefa. Mas em apenas 48 horas metade dos fundadores – Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Tottenham e Chelsea – anunciaram a desistência, pressionados pela enxurrada de críticas, incluindo de seus próprios torcedores. O torneio foi suspenso, e o projeto, remodelado.
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