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Por Redação do ge — Salvador


O Vitória passou a maior parte do tempo sem a bola contra o Fluminense no Maracanã, mas na metade do segundo tempo Thiago Carpini fez alterações que mudaram a postura do time e em um contra-ataque Zé Hugo e Janderson, que saíram do banco, resolveram o jogo para o Rubro-Negro. Na entrevista coletiva após a partida, Thiago Carpini explicou as mudanças [assista aos melhores momentos no vídeo abaixo].

Fluminense 0 x 1 Vitória | Melhores momentos | 12ª rodada | Brasileirão 2024

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- A ideia não era essa, quando entendi que o Fluminense se abriu mais, algumas situações para explorar, entendi que era possível vencer a partida. Muito em cima da mexida do adversário. Surtiu efeito, participação efetiva do Zé Hugo e Janderson, fez o gol. Competitividade e capacidade do atleta de entender que encontraríamos espaços para vencer a partida - avaliou o treinador.

Thiago Carpini em Fluminense x Vitória, no Maracanã — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O primeiro triunfo fora de casa tirou o Vitória da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Nos últimos seis jogos, período que marca a reação do clube na Série A, são três vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Apesar da fase de crescimento, Carpini manteve os pés no chão e lembrou que a luta ainda é contra as últimas posições.

"A grande virtude do Vitória é conhecer as suas limitações", afirmou Carpini.

- Há dois anos estávamos na Série C, voltamos agora para a Série A. Nosso campeonato é permanência. Campeonato de superação. (...) Soubemos sofrer contra uma equipe qualificadíssima, campeã da Libertadores, dispensa comentários, apesar da troca de treinadores. Competitividade precisava acontecer hoje. Resumo total é compromisso coletivo mesmo sabendo das nossas limitações e superando adversidades ao longo das partidas - completou o treinador.

Após dois jogos fora de casa, o Vitória volta para Salvador com três pontos na bagagem e fora da zona de rebaixamento. Agora, o Rubro-Negro reencontra o seu torcedor no Barradão, neste domingo, quando enfrenta o Athletico, às 18h30 (horário de Brasília).

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Thiago Carpini:

Jean Mota no lugar de Matheusinho
- Acho que todas as mudanças são sempre visando alguma correção tática. Mas claro que com a sequência dos jogos entra também o aspecto físico. Foram as duas coisas. Naquele momento entendi que a gente precisava tentar controlar mais o jogo, ficar com a bola. Naquele momento o adversário era melhor, e eu entendi que o Jean iria nos ajudar nisso.

Mudanças no ataque
- Foram importantíssimas. A cada situação de jogo vivemos os dois lados. O Fluminense acabou se expondo mais, a gente soube explorar isso, o momento turbulento do adversário, da necessidade de fazer o resultado. Até porque um adversário que a gente entende que neste momento é um concorrente direto. A gente abre seis pontos, a gente tinha me mente essa importância. Baseado nisso encaixaram bem as alternativas. Não tínhamos um lateral-esquerdo, Raúl entrou, um pouco torto, mas fez a função, fechou bem os espaços. Atleta que até pouco tempo tinha pouco espaço. Nosso desafio recuperar atletas e pessoas.

Minutos finais
- Momento que o adversário ficou mais exposto, comportamentos sem a bola encontraríamos espaços, e foi o que aconteceu. A gente divide o mérito com os atletas. A vitória de hoje viramos a página, competição dura, vamos ter derrotas, momentos difíceis. Nosso desafio é manter o Vitória na Série A.

Reação na Série A
- Pés no chão, manter esse desejo de sermos melhores coletivamente, o resultado do profissional é sempre avaliado em função das vitórias. Futebol tem espaço para os vencedores, mas tem outros atributos e processos que precisa mais de tempo e nem sempre temos. Até redundante, uma cultura no país que a gente deve levar um período para mudar. No Vitória o desafio era gigante, mas precisava me motivar após o São Paulo. Faria coisas diferentes, voltei a ser eu no Vitória. Mas são situações que a gente amadurece. Algumas coisas a gente trataria de maneira diferente. Foi muito grandioso enquanto o amadurecimento para a minha carreira. E o Vitória me deu a oportunidade, acreditou no meu trabalho, senti um compromisso e aceitação grandes dos atletas. Agora preciso ter responsabilidade e continuidade nesse trabalho com eles, começar e terminar todos os trabalhos. O São Paulo o ciclo foi interrompido pelas circunstâncias dos resultados. Aqui a gente passa para os atletas o tamanho da responsabilidade e dos desafios, temos muito a galgar nessa Série A.

Questão anímica
- Acho que isso é algo controlado. Opinião minha, imediatismo, resultado no futebol, fizemos jogo melhor contra o Bragantino, hoje fizemos bom jogo, mas o jogo anterior me deixou muito otimista, feliz. Claro que vem a primeira vitória fora de casa, a gente vem melhorando, evoluindo, controlando, a gente fica muito feliz por essa resposta positiva e mostrar a força da nossa instituição não só dentro do Barradão, com nosso torcedor, mas fora. Foi muito importante não sofrer gols, equipe que vinha sofrendo muitos gols. Agora a gente não pode falar de permanência consolidada, nem falar de vaga na Sul-Americana, é seguir com pés firmes, maneira gradativa.

Preparação para enfrentar o Fluminense
- Nós preparamos situações para essa saída de bola do Fluminense, mais apoiada, visando muita gente do lado da bola, característica do trabalho do Dinis, mas imaginava que pudesse ser uma equipe com menos riscos nesta construção. Nos preparamos para duas situações, por mais que tenha uma troca, três ou quatro dias é pouco para tirar algo já enraizado. Aconteceu em alguns momentos. Mas já teve pouco de bolas de segurança, ideia do Marcão para esse jogo. Mudança gera competitividade no elenco, mexe com muita coisa.

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