Por Henrique Martin, g1


Guia de Compras: teste com liquidificadores individuais — Foto: Juan Silva/g1

Os liquidificadores individuais mandam bem na rapidez: preparam sucos, vitaminas, smoothies e shakes em poucos minutos.

Também são ótimos para quem precisa "bater" quantidades menores de alimentos. E têm maior versatilidade em comparação às skakeiras manuais ou elétricas.

Porém, são menos potentes que os liquidificadores grandes: têm entre 300 watts e 600W, contra mais de 1000W dos modelos de maior capacidade. É a diferença entre bater uma porção de frutas congeladas ou várias ao mesmo tempo.

Outros guias:

O Guia de Compras testou três modelos de liquidificadores individuais, vendidos na média dos R$ 230 nas lojas on-line em março. São eles:

Os três modelos foram usados para fazer sucos, chá mate em pó, tentativa de pasta de amendoim e vitaminas durante os testes. Foram avaliados os recursos dos liquidificadores individuais, sua capacidade, potência e a facilidade de limpeza posterior.

A avaliação final levou em consideração como os equipamentos lidam com gelo, frutas congeladas para um smoothie e sopa de legumes com espinafre.

Tudo feito de forma caseira, como um consumidor faria, seguindo as instruções do manual de instruções de cada produto.

Os três liquidificadores individuais do teste vieram com dois copos iguais (e mesma capacidade), lâminas de aço inoxidável e tampas para transporte do copo.

Veja a seguir como cada um deles se saiu. Ao final da reportagem, as conclusões do uso de um liquidificador individual no dia a dia.

Cadence Blender Zoop Contrast BLD701
Cadence Zoop Contrast
  • 600W de potência
  • 2 copos de 500 ml
  • Modelo mais barulhento

O Cadence Blender Zoop Contrast é o liquidificador individual com maior potência de motor – 600 watts, o dobro dos concorrentes avaliados.

O equipamento era vendido no meio de março nas lojas on-line por R$ 190.

O aparelho tem um design simples, com apenas um botão para ligar e desligar, sem controle de velocidade ou função pulsar. A capacidade dos copos é de 500 mililitros.

O selo do Inmetro para ruído tem classificação 4, gerando o equivalente a 95 decibéis – é o mais barulhento do teste. Para comparação, uma furadeira emite 90 decibéis.

O encaixe do copo na base requer um pouco de treino, mas basta seguir as setas indicadoras. Depois do encaixe, só ligar e usar.

O modelo foi o único a vazar um pouco na hora de bater. Isso ocorreu porque o anel de borracha interno do encaixe das lâminas estava um pouco solto. Depois disso, não deixou mais sair o líquido. A tampa de transporte também não deixou nada escapar.

Nas receitas, o motor mais poderoso funcionou (e fez barulho) como se fosse um liquidificador grande.

Veja abaixo como ficou o smoothie de frutas vermelhas e banana congelada nos três aparelhos:

Bateu gelo rápido, deixou a sopa bem líquida e lidou com as frutas congeladas no smoothie sem nenhum problema e sem precisar bater novamente.

Mondial Personal Blender DG 01
Mondial Personal Blender DG 01
  • 300W de potência
  • 2 copos de 750 ml
  • Nível de ruído médio

Entre os três modelos do teste, o Mondial Personal Blender DG 01 é o que mais lembra um liquidificador convencional pelas funções e tamanho.

Nas lojas on-line em março, o aparelho custava R$ 230.

Tem 300W de potência, igual ao modelo da Oster e metade do que a Cadence oferece. O equipamento tem a maior capacidade de copo – 750 ml, contra 500 ml dos concorrentes. Isso o deixa mais largo que os demais.

Também é o único com o corpo do motor com ajustes de velocidade, como em um liquidificador maior. Seu botão de liga/desliga permite pulsar e bater em duas velocidades (normal e rápida).

O produto tem nível de ruído 3, gerando o equivalente a 89 decibéis, de acordo com o selo do Inmetro na caixa do equipamento.

O encaixe do copo no motor é simples, com uma indicação na base. Durante o uso, o Mondial Personal Blender não vazou ou espirrou líquidos para fora. A tampa do copo também não escorreu.

Nas receitas, o copo mais largo parece interferir no resultado, com o motor dando a impressão de ser menos eficiente que o dos concorrentes.

Abaixo, como ficou o gelo batido nos três aparelhos:

Gelo e sopa (com aparência líquida na foto mais abaixo, pois foi a "raspa" da panela) bateram sem problemas, mas o smoothie de frutas vermelhas com banana congelada demorou mais para ficar pronto. Após bater por 2 minutos, sobraram pedaços inteiros da fruta.

Aqui, foi preciso aguardar um pouco para a banana descongelar um pouco, voltar a bater sem forçar o motor e ficar perfeito.

Oster My Blend
Oster My Blend
  • 300W de potência
  • 2 copos de 500 ml
  • Menor nível de ruído

O Oster My Blend é o modelo mais simples dos três avaliados. Com 300W de potência no motor e um copo de 500 ml, sua base não tem nenhum botão ou controle.

Basta encaixar o copo – também seguindo a indicação das setas na base e na tampa – e ele começa a funcionar sozinho.

O liquidificador da Oster era vendido por R$ 250 nas lojas da internet no meio de março.

O selo de ruído indica que o liquidificador está no nível 1 do Inmetro, com emissão de 85 decibéis de ruído. É o mais silencioso dos três equipamentos do teste.

Na execução das receitas, o aparelho deu a impressão de que a capacidade menor (500 ml) faz diferença em comparação ao modelo maior (da Mondial) com a mesma potência, mas com um recipiente mais largo.

Aqui, a banana congelada para o smoothie bateu muito mais rápido, sem deixar pedaços em pouco tempo. O gelo e a sopa (abaixo) bateram em velocidade maior também.

Deu a impressão de que a capacidade menor, de alguma forma, ajuda a triturar os alimentos de forma mais eficiente. O gelo ficou com consistência de raspadinha, mais espesso.

O copo não vazou durante o batimento ou no uso posterior com tampa.

Vale a pena comprar um liquidificador individual?

PRÓS: o liquidificador individual compensa muito para fazer receitas rápidas como sucos, vitaminas, shakes e sopas com ingredientes frios. Os três modelos do teste desempenham as tarefas básicas muito bem.

Também vale a pena pela praticidade das tampas: basta bater, tirar a lâmina e fechar – ótimo para ir para a academia com um shake de proteína.

Copos dos liquidificadores com as tampas: Cadence, Mondial e Oster — Foto: Henrique Martin/g1

Ele também ocupa menos espaço na bancada e é mais simples de limpar por conta do tamanho.

CONTRAS: tem bem menos controles que um modelo convencional e a capacidade é menor, com menos de 1 litro.

Não serve para uso com alimentos quentes, por conta do plástico – o modelo da Mondial até veio com um aviso para isso.

O QUE NÃO FUNCIONOU: bater itens mais secos para tentar virar pasta – como a de amendoim – é melhor usar um processador de alimentos para receitas assim.

Tentar usar o amendoim nos testes não deu certo: virou farofa, que emperrou dentro do copo. Foi impossível bater pelo tempo necessário para transformar em algo com consistência pastosa.

Tentativa de fazer pasta de amendoim no liquidificador individual – virou farofa — Foto: Henrique Martin/g1

LIMPEZA É FÁCIL? sim, mas o plástico dos copos tende a ficar mais engordurado que o vidro de um liquidificador convencional.

Em um copo de vidro do liquidificador padrão, vale a máxima de enxaguar os resíduos na pia, colocar água e detergente no equipamento e bater de novo para limpar.

No plástico, dependendo da receita, o copo pode ficar oleoso mesmo após limpar com detergente. Foi assim depois da sopa e da tentativa frustrada de pasta de amendoim, e o copo precisou da ajuda da esponja para uma limpeza mais profunda.

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