O nível do Rio Acre diminuiu 10 centímetros durante os últimos três dias, de acordo com monitoramento feito pela Defesa Civil Estadual. A queda nas águas corresponde ao período das 6h da última sexta-feira (15), quando a marca estava em 1,84 metro, até às 6h desta segunda-feira (15), com 1,74 metro.
Com o nível de 1,74 metro, o Rio Acre está apenas 24 centímetros acima da marca mais baixa já registrada na capital acreana – de 1,50 metro, em setembro de 2011. O major Cláudio Falcão, do Corpo de Bombeiros, reitera que as previsões para os próximos dias não são animadoras.
“Durante quatro dias o rio estabilizou – entre 1,83 e 1,84 metro – e nos últimos três dias houve esse célere decréscimo. Para os próximos dias e meses, espera-se que a cota continue caindo. A previsão é que ele [rio] chegue até 1,25 metro em setembro, mês que a situação se tornaria mais crítica”, diz.
Chuvas, que representariam uma solução para o problema, também não são esperadas nos próximos meses, segundo o major. “A previsão é que ocorram bem abaixo da média, tendo de 5% a 10% de probabilidade nos próximos dias. É importante frisar que se chover poucos milímetros, para a questão do nível do rio, não tem nenhuma significância”, acrescenta.
Seca do Rio Acre
O governador do Acre, Tião Viana, assinou um decreto de situação de emergência no último dia 7 deste mês por causa da seca do Rio Acre em Rio Branco. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e também dizia respeito a outras cidades acreanas, que também sofrem com a estiagem.
Uma das maiores preocupações é referente ao abastecimento de água na capital, realizado por meio do rio. O Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) informou que a produção de água já está 20% a menos, devido à mudança na captação, agora realizada por meio de bombas flutuantes.
O Depasa anunciou ainda que fiscalizações estão sendo feitas nos bairros para evitar o desperdício. Um técnico da Agência Nacional de Águas (ANA) esteve na cidade para verificar a situação e redigir uma nota técnica.