"Quanto mais rigoroso o frio, melhor. Precisamos de estações bem definidas para o período de brotação acontecer na primavera." A afirmação é de Maurício Salton, diretor-presidente da vinícola Salton, que vem elevando as previsões de crescimento neste ano.
A exportação de garrafas na vinícola mais do que duplicou no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a empresa, foram vendidas ao exterior quase 790 mil unidades de bebidas como espumantes, vinhos, suco de uva e outras no período.
Maurício Salton afirma que o principal mercado fora no Brasil ainda são os Estados Unidos, mas a empresa aumentou sua presença em países da Ásia e da América Latina.
A evolução nas exportações elevou a previsão de faturamento da Salton, segundo o empresário. Até o fim do ano, a expectativa é alcançar cerca de R$ 450 milhões para, em 2030, chegar a R$ 1 bilhão.
Para este segundo semestre, porém, Maurício Salton diz que a escassez global de contêineres pode desacelerar o crescimento.
Na Ásia, a principal aposta é a China, onde as vendas do suco de uva e de outras bebidas não-alcoólicas predominam. "Temos conseguido avançar na China com uma colaboradora que faz a prospecção do mercado por lá", afirma.
Já na América Latina, a ideia é impulsionar os espumantes como alternativa ao mercado competitivo de vinhos em países como Chile e Argentina.
O empresário diz que os planos para os Estados Unidos incluem uma central de distribuição da Salton no país. "Estamos avaliando operar um ecommerce próprio", afirma.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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