Embora o Conar (conselho de autorregulamentação publicitária) tenha pedido para o site de comércio eletrônico AliExpress retirar as fotos de uma modelo com aparência infantil dos anúncios de uma almofada em formato de pênis, as imagens ainda estão na plataforma.
A recomendação do Conselho de Ética do Conar foi definida na semana passada, mas, ainda nesta terça (10), a jovem aparece em imagens, caracterizada com laço no cabelo e semelhança de criança, abraçada um pênis de pelúcia na versão em português do site, que pertence ao grupo chinês Alibaba.
A denúncia foi levada ao Conar por um consumidor. A imagem infringe as limitações em relação a menores de idade estabelecidas pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Em sua defesa ao órgão, o AliExpress disse que a modelo não é menor de idade. Porém, os limites, muito usados na padronização de publicidade de bebidas alcoólicas, levam em conta a aparência, ainda que a jovem não seja menor de idade de fato.
A medida do Conar, que é um órgão de autorregulamentação, tem força apenas de recomendação. O órgão não tem poder fiscalizatório, mas é praxe que as empresas sigam as determinações.
Procurado pelo Painel S.A., o AliExpress afirma que agiu rapidamente para bloquear a lista de produtos afetados após ter sido informado da decisão do Conar. O site diz que proíbe a venda de itens que violam a sua política de listagem de produtos e que tem um departamento que identifica quando terceiros infringem as regras.
Após a resposta da empresa, o Painel S.A. ainda encontrou imagens no AliExpress.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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