A exigência da vacinação para frequentar espaços de lazer, que ganha força em países da Europa e nos Estados Unidos, é um movimento que o mercado de eventos corporativos no Brasil avalia adotar, segundo Daniel Galante, diretor de operações da multinacional francesa GL events, que faz a gestão do São Paulo Expo e do Riocentro.
“É uma tendência global, porém, ela só é viável se o governo conseguir zerar a demanda. Estamos perto disso, mas ainda não é o caso”, afirma ele.
A empresa se concentra agora na retomada dos eventos em SP a partir de 17 de agosto, conforme anunciado pelo governo do estado na semana passada. Galante diz que cerca de 600 empregos diretos e indiretos devem ser criados até setembro para o pavilhão de São Paulo e o Santos Convention Center, também sob gestão da multinacional.
“Vamos retomar as equipes completas de manutenção e segurança em SP”, afirma. Na pandemia, a GL events demitiu quase 60% dos profissionais das operações no país, segundo Galante. A empresa também faz a gestão do Centro de Convenções Salvador e do Anhembi no Brasil.
Dez eventos de médio e grande porte —a maioria são feiras de negócios— já estão marcados para este ano no São Paulo Expo, e a agenda deve aumentar, diz Galante.
O pavilhão de Santos da GL events recebeu em julho um dos eventos modelo do governo de SP, que colocou em prática os protocolos para o retorno da atividade. Entre as medidas elaboradas, as feiras e convenções terão ingresso apenas eletrônico. “Teremos lixo específico para as máscaras, reforço da equipe de limpeza e fluxo único nas ruas das feiras para as pessoas não se cruzarem”, afirma Galante.
Segundo ele, o setor aposta em um movimento forte de retomada e prevê até problemas para administrar o calendário. “Todo mundo ficou preso em casa por muito tempo, e as pessoas estão com vontade de ir aos eventos”, diz.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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