Duda Beat fez retiro de silêncio antes de lançar novo single e revela conversa com Emicida, após acusação de plágio

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— Eu não falei isso para ninguém. Eu estava em meio a negociações com a Universal (a gravadora, com quem acaba de assinar contrato) e com o single pronto. Foi um momento maravilhoso a Vipassana (a técnica budista de meditação em meio à natureza)! Me deu muita sabedoria, e dá força para viver no presente. Foi importante dar uma “aterrada”. Além disso, estou vivendo essa fase de muita gratidão, com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Seja o álbum; a casa nova, finalmente, depois de dois anos de obra; e também adotei um cachorro — diz a cantora, de 36 anos.

Talvez por isso a pernambucana, que já não é mais uma artista totalmente independente, tenha escolhido um single dançante, mais ousado e solar para inaugurar a nova fase da carreira. Mas bastou a artista, exaltada pela sofrência pop, dar uma prévia da música nas redes sociais que teve fã chiando: “Saudade da Duda antiga”.

— Eu quis trazer essas referências das batidas do Miami Bass, ou aquelas de Nova York, dos anos 80. Teve também quem perguntasse as referências aos passinhos do funk. Quando eu cheguei ao Rio, quando fiz 18 anos, era a Perlla quem estava no auge e eu amava. Tem um pouco de tudo isso na minha vida. A este fã, eu disse que tem um álbum inteiro ainda por vir, calma (risos). Eu nunca vou abandonar a sofrência e ela estará lá. Ao mesmo tempo, eu estou em um momento diferente da minha vida. Seria estranho ser ingrata agora. A Duda que quer experimentar as pistas de dança também existe — pondera ela.

A cantora está atenta aos comentários dos fãs. Da mesma forma, buscou ouvir rapidamente todos os envolvidos quando, recentemente, foi acusada de plágio por ter participado, ao lado da amiga Juliette, de uma campanha publicitária que usou o conceito do álbum “AmarElo”, de Emicida.

— Foi muito triste, porque eu não me atentei para muitas coisas da campanha, que acabei sabendo muito depois. Conversei com o Emicida, estamos juntos nessa virada de página, e ele entende que somos artistas, estamos todos no corre, em que precisamos fazer trabalhos que pagam nossas contas. Porque eu era, até então, uma artista independente, preciso fazer publicidade para investir nos clipes, na música. O que eu não gostei foram os comentários me chamando de plagiadora. Eu não criei nada da campanha. O meu trabalho é baseado em autenticidade. Isso eu não vou tomar para mim.

E se nas redes há hate, também há carinho. Das recentes discussões a que assistimos na web, um predicado que surgiu e tem tudo a ver com Duda é o de boa amiga. Ela esteve presente, por exemplo, no fatídico dia em que Luísa Sonza foi ao “Mais você”, de Ana Maria Braga, e falou sobre a traição de Chico Moedas.

— A gente foi para cantar, falar do álbum da Luísa que estava bombando, não imaginei que o término seria abordado… No fim, naquele momento, eu só queria dar apoio à minha amiga. Hoje, brinco com a Luísa que o pior de tudo foi eu não ter conseguido comer nada daquela mesa maravilhosa de café da manhã! Era a minha primeira vez no programa — lembra Duda, aos risos: — Mas sabe que eu acho que não estava ali por acaso? Acredito que tudo no universo tem uma explicação.

É assim também quando ela fala de amor. A cantora está há oito anos com Tomás Troia, o guitarrista de sua banda e produtor de várias de suas músicas, incluindo o novo single. Os dois se conhecem desde que tinham 13. Mas a relação só foi virar romance depois de a artista ter vivido muitas desilusões, que lhe renderam composições:

— Eu achava que iríamos estragar nossa amizade ficando juntos. Tomás já era apaixonado por mim. Até que um dia eu decidi tentar. E fomos construindo essa vida juntos. Ele é um presente da vida para mim, me dá muita força, me entende, e conversamos de tudo. Nós somos melhores amigos, o que torna tudo muito tranquilo.

O músico foi um dos incentivadores de Duda quando ela quis ficar uma temporada ao lado das amigas Anitta e Marina Sena pela Grécia, em agosto, férias que foram acompanhadas pelos fãs nas redes:

— As meninas me convidaram e eu sempre quis conhecer lá. Elas são muito divertidas, foi ótimo poder sair e dançar até o chão. E tivemos também conversas profundas. Criamos conexões. É gostoso ter um momento só com as amigas.

Mas rola ciúmes por parte do namorido?

— Nada. Nosso relacionamento é fechado. Mas se algum dia alguém quiser beijar outra boca, a gente conversa e é isso aí. Estou te falando, nós somos muito tranquilos.