![O préio, que fica no número 432 da Park Avenue, virou um problema para seus proprietários — Foto: Victor J. Blue/Bloomberg via Getty Images](https://cdn.statically.io/img/s2-epocanegocios.glbimg.com/uJUk72_WUO2Rtux2_wX7uePMAuc=/0x0:1024x682/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2024/M/D/AA3e23RdCUaWm8PRjmWw/predio2.jpg)
Uma torre residencial ultraluxuosa chamada "Billionaires' Row" (algo como "Coluna dos Bilionários") está atolada em uma longa disputa legal, e alguns proprietários de unidades agora estão querendo vendê-la, informou o Wall Street Journal.
O conselho do condomínio em 432 Park Avenue, no centro de Manhattan – que já foi o edifício residencial mais alto do Hemisfério Ocidental – processou pela primeira vez os incorporadores do edifício em 2021.
- Mansão de R$ 99 milhões é construída no topo de arranha-céu de 120 metros, mas proprietário poderá nunca habitá-la
- Bilionário não consegue vender mansão de R$ 175 milhões e doa imóvel para ONG
- Jeff Bezos compra mansão à beira mar por mais de R$ 331 milhões
- Airbnb oferece hospedagens em casa "voadora" do filme "Up" e em mansão dos X-Men
Naquele processo, o conselho disse que a má gestão do arranha-céu de 96 andares e 125 unidades foi “um dos piores exemplos” de prevaricação de construtores “na história da cidade de Nova York”.
![O prédio chamado Billionaires Row, um dos mais altos de Nova York — Foto: Spencer Platt/Getty Images](https://cdn.statically.io/img/s2-epocanegocios.glbimg.com/av9UiRpefMpapTc7ETTdoM3twLM=/0x0:1024x683/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2024/9/S/bHRM2BRQatabWohvM1fw/predio.jpg)
O processo dizia que o prédio tinha mais de 1.500 "defeitos de construção e projeto", como repetidas quebras de elevadores, vazamentos, inundações, ruídos e vibrações intrusivos causados pela "falha do desenvolvedor em projetar adequadamente" o edifício para dar conta de sua altura,.
Os incorporadores disseram ao Business Insider em um comunicado que o processo do conselho do condomínio "sempre foi equivocado, criando uma narrativa falsa e menosprezando o edifício de maneira imprecisa", acrescentando que "a denúncia está cheia de falsidades e hipérboles".
“O esforço do Conselho para extrair dinheiro aos qual não tem direito continua a gerar custos de litígio substanciais para todas as partes e prejudica ainda mais os 432 proprietários de unidades do prédio, ao perpetuar uma narrativa falsa sobre o edifício que só pode prejudicar seu valor”, disseram os desenvolvedores.
A batalha intensificou-se nos três anos desde o processo inicial, com mais de 4 milhões de páginas de documentos apresentados em tribunal, informou o Journal.
Vende-se
Agora, vários proprietários do prédio estão querendo vender – mesmo que isso signifique sofrer prejuízo, diz o veículo.
Dezoito unidades no 432 Park, totalizando 14% das unidades do edifício, foram colocadas à venda em meados de maio, descobriu o jornal, citando dados do StreetEasy.
Na quinta-feira, 16 unidades estavam à venda no StreetEasy, 13 das quais estavam listadas por um valor menor do que nos anos anteriores, de acordo com o histórico de preços do StreetEasy. O preço de uma das unidades foi reduzido em quase 18% no ano passado, mostram os dados do StreetEasy.
O apartamento de cobertura, com seis quartos, sete banheiros e 2.516 metros quadrados do prédio estava à venda por US$ 169 milhões (R$ 839 milhões) em 2022; agora, está cotado por US$ 105 milhões (R$ 550), uma redução de 38%.
Desde que a disputa judicial se tornou pública em 2021, 11 vendas foram fechadas no prédio. Essas unidades foram vendidas por cerca de 3,7% menos, em média, do que os vendedores pagaram originalmente. Para aquelas listadas publicamente, houve um desconto de 27,4% em relação ao preço pedido mais alto, informou o Journal.
Os advogados do conselho do edifício não responderam imediatamente a um pedido de comentário do BI.