A Justiça de Manhattan (EUA) considerou nesta segunda-feira (21) Tyrese Haspil culpado de assassinar seu ex-chefe Fahim Saleh. O CEO e fundador da Gokada, empresa de tecnologia nigeriana focada em serviços de transporte e entregas, foi esfaqueado e encontrado decapitado e cortado em seis partes em seu apartamento em Nova York em julho de 2020.
Segundo as investigações, Saleh teria contratado Haspil, de 25 anos, como assistente pessoal em maio de 2018. O assassinato teria ocorrido para ocultar um esquema fraudulento de desvio de recursos. Com acesso às finanças do CEO, os promotores alegaram que Haspil teria roubado US$ 400 mil (R$ 2,1 milhões) do executivo e estaria usando o dinheiro para comprar presentes de luxo para sua namorada. O jovem admitiu ter esfaqueado e matado seu ex-chefe.
A justiça considerou Haspil culpado por assassinato em primeiro grau, por duas acusações de roubo e outra de invasão de domicílio em segundo grau e por adulteração de provas e ocultação de cadáver humano, disse o promotor do distrito de Manhattan, Alvin Bragg. A sentença deve sair em setembro.
"Tyrese Haspil tragicamente interrompeu a vida do Sr. Saleh — um homem que veio de uma família de imigrantes unida e seguiu suas paixões para se tornar um empreendedor de sucesso", disse Bragg, em comunicado, relatou o Business Insider.
No julgamento, os advogados de Haspil argumentaram que ele teria matado Saleh em uma tentativa equivocada de impressionar sua namorada francesa, devido a um "distúrbio emocional extremo". Os promotores rebateram a tese mostrando ao ao júri que Haspil estava ativo no aplicativo de namoro Bumble quando cometeu o assassinato, um indicativo de não levaria tão a sério o relacionamento.