Empresa anuncia 'ímã sustentável' criado por IA e que promete acelerar eletrificação dos veículos

Embora este não seja o primeiro dispositivo do tipo – outras empresas já criaram 'ímãs de terras limpas' – a startup inglesa levou apenas três meses para chegar ao produto, o MagNex, enquanto as concorrentes levaram décadas


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Ímã — Foto: Getty Images

Uma das grandes preocupações em torno da transição energética verde é que os motores e bateriais eléctricas, utilizados para alimentar carros, por exemplo, precisam de metais geralmente conseguidos em terras raras - o que afeta a sustentabilidade pretendida na transição. Por isso, fabricantes de automóveis como a Tesla estão à procura de materiais alternativos para alimentar a sua crescente frota de veículos elétricos.

Neste contexto, a Materials Nexus, uma empresa de tecnologia do Reino Unido, anunciou que a sua plataforma de IA desenvolveu um ímã totalmente livre de metais de terras raras. Embora este não seja o primeiro dispositivo do tipo – outras empresas já criaram 'ímãs de terras limpas' – a startup inglesa levou apenas três meses para chegar ao produto, o MagNex, enquanto as concorrentes levaram décadas.

“O atual ímã padrão da indústria levou décadas para ser descoberto e ainda mais para se desenvolver nos produtos que usamos hoje; MagNex levou apenas 3 meses - e é 200 vezes mais rápido”, diz o comunicado à imprensa. “MagNex pode ser produzido com 20% do custo do material e uma redução de 70% nas emissões de carbono do material (kg CO2/kg), em comparação com os ímãs de elementos de terras raras atualmente no mercado.”

A Materials Nexus trabalhou com o Henry Royce Institute (um instituto nacional do Reino Unido) e a Universidade de Sheffield para sintetizar e testar o ímã. A empresa disse que uma abordagem semelhante de design feito por IA também poderia revolucionar outras facetas da transição para a energia verde, incluindo a criação de semicondutores e supercondutores.

No final de 2023, pesquisadores da Deepmind, de propriedade do Google, relataram na revista Nature que usaram as redes gráficas para exploração de materiais (GNoME) da empresa para projetar cerca de 2,2 milhões de novos materiais – 380 mil dos quais são considerados candidatos reais para uso em inúmeros processos nos próximos anos.

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