O bitcoin (BTC) opera em alta nesta segunda-feira (3) depois de fechar o mês de maio com uma valorização de 11%. O ether (ETH), por sua vez, subiu 24,6% no período, sendo impulsionado pela aprovação dos seus primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). As compras no mercado cripto parecem seguir um momentum positivo que também ocorre em Wall Street depois do índice Nasdaq ter em maio seu melhor mês desde novembro de 2023.
Entre os ETFs de bitcoin à vista negociados nas bolsas de valores dos EUA, o pregão da sexta (31) terminou com um saldo líquido positivo de US$ 48,8 milhões, assim como o dia anterior. O destaque nos fluxos positivos foi o IBIT, da BlackRock, que registrou um excesso de depósitos em relação a saques de US$ 169,1 milhões. Do lado negativo, o GBTC, da Grayscale, teve um fluxo de saídas de US$ 124,3 milhões.
Perto das 9h58 (horário de Brasília) o bitcoin tem alta de 2,7% em 24 horas, cotado a US$ 69.697 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, sobe 1,4% a US$ 3.837, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,73 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 2,23% a R$ 365.990, enquanto o ether avança 0,82% a R$ 20.160 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) sobe 1,1% a US$ 166,41, o BNB (token da Binance Smart Chain) dispara 5,5% a US$ 632,22 e a avalanche (AVAX) tem alta de 1,6% a US$ 36,13.
André Franco, head de análise do MB, destaca que a população global que investe em criptoativos superou as 500 milhões de pessoas, de acordo com um estudo da Triple-A. “Existem 562 milhões de investidores em cripto, acima dos 420 milhões em 2023. Emirados Árabes Unidos (EAU), Cingapura e Turquia lideram em população que investe em criptomoedas”, comenta Franco.
Na política, o presidente dos EUA, Joe Biden, mostrou que o avanço da pauta cripto entre os democratas tem limites ao vetar uma resolução que acabaria com a norma contábil da SEC que obriga instituições financeiras a manter criptoativos em seus próprios balanços caso ofereçam este tipo de produto a seus clientes. A regra é criticada pelo setor, porque dificultaria que essas instituições trabalhem com companhias da indústria de criptoativos. Biden disse que não apoiaria quaisquer “medidas que comprometam o bem-estar dos consumidores e investidores”.
Do lado macroeconômico, o evento mais importante desta semana será a divulgação do Relatório de Emprego dos EUA relativo a maio na sexta-feira (7). Um dado de criação de vagas abaixo do esperado pode trazer um impacto positivo para os ativos de renda variável, pois o enfraquecimento do mercado de trabalho reduz a pressão sobre a inflação, deixando o Federal Reserve mais confortável para começar a cortar os juros americanos.