À medida que a crise climática avança globalmente, algumas indústrias têm sido pressionadas para encontrarem formas de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, caso do setor aéreo. Neste cenário, a companhia alemã Lufthansa anunciou que começará a cobrar dos passageiros uma 'sobretaxa de custo ambiental', que tem como objetivo ajudar a cobrir os custos de cumprimento dos regulamentos europeus de sustentabilidade.
“O Grupo Lufthansa investe bilhões em novas tecnologias todos os anos e trabalha em conjunto com parceiros em inovações que ajudam a tornar o voo mais sustentável e impulsionam a expansão de tecnologias-chave para além da empresa”, escreveu a companhia aérea em comunicado que acompanha o anúncio da nova taxa. “Além disso, o Grupo Lufthansa tem apoiado ativamente a investigação climática e meteorológica global durante muitos anos. No entanto, o grupo não será capaz de suportar sozinho os custos adicionais sucessivamente crescentes resultantes dos requisitos regulamentares nos próximos anos.”
Como destaca o Quartz, a sobretaxa será usada para ajudar a pagar o combustível de aviação de queima mais limpa e a participação em projetos de compensação de carbono. O preço dos bilhetes aumentará em até US$ 77 (cerca de R$ 423) para voos que partem da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça a partir de 1º de janeiro de 2025.
No início de junho, o chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo, Willie Walsh, disse aos participantes da reunião anual do grupo que o cumprimento dos regulamentos sobre alterações climáticas tornará os voos mais caros. A aviação é responsável por 1 em cada 30 a 50 toneladas de carbono lançadas na atmosfera todos os anos.
“Lamento dizer, mas a transição para o carono zero exigirá que os clientes paguem”, disse Walsh, acrescentando que “os custos não podem ser suportados pela indústria, dadas as margens estreitas que temos”.