Orgulhe-se

Por Laura Raffs


Casa Neon Cunha: a instituição que auxilia pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade no ABC Paulista — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
Casa Neon Cunha: a instituição que auxilia pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade no ABC Paulista — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

Segundo dados do Observatório de Mortes e Violências LGBTQIAPN+, o Brasil teve uma morte violenta de pessoas LGBTQIAPN+ a cada 38 horas em 2023. Pensando na situação de vulnerabilidade e violência sofrida por essa população, o ativista Paulo Araújo, de São Luís (MA), resolveu criar a Casa Neon Cunha, que nasceu para ser um lar para pessoas LGBTQIAPN+ que vivem no ABC Paulista.

“São crimes de ódio, que as pessoas são queimadas vivas, levam sete facadas. O território do ABC onde estamos ainda tem uma escassez de políticas públicas para LGBTs. Queríamos algo que pudesse responder essa ausência, então criamos a Casa Neon Cunha. É ‘Casa’ porque queremos ser esse lugar de afeto”, explica Paulo Araújo, fundador e presidente da instituição.

Além de ser um espaço de acolhimento, a ONG oferece cursos de nivelamento educacional e profissionalizantes — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
Além de ser um espaço de acolhimento, a ONG oferece cursos de nivelamento educacional e profissionalizantes — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

O nome da ONG é uma homenagem a Neon Cunha, ativista ameríndia transgênera que luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+ e que hoje integra a instituição como conselheira de ética e fiscal. Considerado um espaço de dignidade, oportunidade e afeto, a Casa Neon Cunha será beneficiada pela 4ª edição do Orgulhe-se, evento das Edições Globo Condé Nast e seus títulos (Vogue Brasil, Casa Vogue, Glamour Brasil e GQ Brasil) que celebra o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+. O evento, exclusivo para convidados, acontecerá no dia 27 de junho, a partir das 21h, no Ephigenia, novo rooftop no centro de São Paulo.

O desejo da instituição é que as pessoas LGBTQIAPN+ possam viver com autonomia e dignidade — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
O desejo da instituição é que as pessoas LGBTQIAPN+ possam viver com autonomia e dignidade — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

Um dos projetos da instituição que será beneficiado pela doação do Orgulhe-se é o apoio à retificação de nome e gênero, destinado para pessoas trans que desejam alterar seu gênero e nome no registro de nascimento e de casamento. Esse serviço, feito diretamente nos cartórios de registro civil de pessoas naturais, custa em média R$ 130. Neste cenário, a Casa Neon Cunha oferece tanto orientação sobre o processo quanto apoio financeiro.

“Além disso, queremos usar essa doação para fazer adaptações na casa, criando um espaço com cada vez mais qualidade, de afeto e amor. Mas vai além da questão financeira: saber que poderemos estar lá e que as pessoas apoiarão uma iniciativa que faz uma transformação na sociedade é muito importante para a gente”, ressalta Araújo.

O espaço também conta com uma biblioteca com centenas de obras — Foto: Divulgaççao/Casa Neon Cunha
O espaço também conta com uma biblioteca com centenas de obras — Foto: Divulgaççao/Casa Neon Cunha

Fundada em 2018 e com uma sede desde 2021, a Casa Neon Cunha oferece atendimento psicossocial, refeições, distribuição de cestas básicas, cursos de nivelamento educacional e profissionalizantes e assistência jurídica a pessoas LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade. Quem frequenta o espaço, também tem acesso a uma biblioteca e bazar permanente.

Casa Neon Cunha — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
Casa Neon Cunha — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

A instituição também planeja oferecer um ambiente de abrigo para pessoas LGBTQIAPN+ em situação de rua. Aguardando a liberação da verba de um financiamento público obtido por emenda parlamentar, a Casa Neon Cunha prevê que o serviço comece a funcionar em 1º de agosto deste ano. “Está mais próximo do que nunca. Estamos nos programando para funcionar 24h. Um dos destinos da doação vinda do Orgulhe-se, inclusive, será para fazer adaptações necessárias para o edifício desempenhar esse serviço”, comenta Paulo Araújo.

O bazar disponibiliza permanentemente roupas, calçados e acessórios  — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
O bazar disponibiliza permanentemente roupas, calçados e acessórios — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

Além de atuar para oferecer uma vida digna às pessoas da região, a ONG contribui para a luta da população LGBTQIAPN+ como um todo, participando ativamente de reivindicações políticas e jurídicas que interferem na vida de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero. O espaço também realiza eventos e debates sobre temas pertinentes relacionados à pauta LGBTQIAPN+, promovendo conscientização a toda sociedade.

Através de reivindicações políticas e debates, a ONG busca promover a conscientização e mudança na sociedade como um todo — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha
Através de reivindicações políticas e debates, a ONG busca promover a conscientização e mudança na sociedade como um todo — Foto: Divulgação/Casa Neon Cunha

Quando questionado sobre os planos da Casa Neon Cunha para o futuro, Paulo Araújo é categórico: “A gente deseja viver. Queremos estar vivos amanhã. Desejamos realmente que possamos, de fato, produzir essa autonomia para as pessoas e que elas sejam vistas na sociedade”, afirma.

Essa edição do Orgulhe-se conta com o patrocínio de Magnum, o apoio de Absolut, Havaianas e Jean Paul Gaultier e a participação de Campari, GA.MA Italy, KY, PACCO e Stella Artois.

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