Decoração

Por Jonathan Pereira (@jonathanpereira_82)


Sala cheia de cortes e elementos de viagem não agradaria — Foto: Paulo Belote/Globo
Sala cheia de cortes e elementos de viagem não agradaria — Foto: Paulo Belote/Globo

Todas as noites os fãs do "Big Brother Brasil 23" se deparam com os ambientes coloridos da decoração da casa, montada de forma a promover o caos entre os participantes. Mas, afinal, há algo no décor que possa ser reproduzido na nossa casa ou apartamento ou melhor evitar?

Para saber a resposta, Casa Vogue conversou com a designer Mariza Guimarães, sócia no estúdio Ammi, e os arquitetos Ricardo Abreu e Cristiane Schiavoni, que opinam sobre o tema.

Excesso de cores, estampas, materiais, texturas, geometria e iluminação impedem uma descompressão no ambiente, conta Mariza — Foto: Paulo Belote/Globo
Excesso de cores, estampas, materiais, texturas, geometria e iluminação impedem uma descompressão no ambiente, conta Mariza — Foto: Paulo Belote/Globo

Todos concordam que o excesso não é bom. "O objetivo principal dessa decoração é estimular ao máximo o relacionamento entre os participantes, provocar conversas, discussões, aflorar emoções e debates. Para isso, há excesso de cores e suas tonalidades, estampas, materiais, texturas, geometria, iluminação, atividades e jogos. São cenários não projetados como ambientes de descompressão”, observa Mariza.

Cabine telefônica é uma das poucas coisas que se salvam, avalia a arquiteta Cristiane Schiavoni — Foto: Paulo Belote/TV Globo
Cabine telefônica é uma das poucas coisas que se salvam, avalia a arquiteta Cristiane Schiavoni — Foto: Paulo Belote/TV Globo

Cristiane diz que a ideia de tudo exagerado serve para estimular sensações que levem a um estresse emocional - então, evite!. "Quando se fala de decoração residencial, raramente se fala sobre temas para ambientes. Claro, o cliente pode se inspirar em alguma referência e isso sempre acontece, como a cabine telefônica de Londres ou o fundo do mar, mas é tudo feito de uma forma mais sutil, com um número menor de elementos no mesmo cômodo", explica.

Ricardo enumera o que deve passar longe da sua decoração. "A casa do BBB tem tudo o que devemos evitar em qualquer casa, não é mesmo? As cores são excessivamente vibrantes, há um grande acúmulo de informações, ideias, texturas, materiais e objetos, tudo o que devemos evitar para que o ambiente fique acolhedor e aconchegante".

Quarto com tema pode ficar "caricato ou infantil", alerta Ricardo — Foto: Paulo Belot/Globo
Quarto com tema pode ficar "caricato ou infantil", alerta Ricardo — Foto: Paulo Belot/Globo

Ele cita alguns exemplos que, no dia a dia, trariam sensações ruins ao morador se aplicados no dia a dia. "Na sala, por exemplo, vê-se o uso marcante das cores amarela, vermelha e azul, todas em tons primários que, somadas despertam inquietude, ansiedade e desconforto".

Mas não é só isso. "Outro ponto importante que deve ser evitado é a falta de conexão de linguagem entre os cômodos de uma mesma casa. De alguma forma os ambientes devem se comunicar, com continuidade de materiais, mesmas cores, ou texturas que se complementam. Eles não precisam de um tema a ser explorado, como por exemplo um dos quartos com a temática marinha, a sala com temática de viagens e assim por diante. O risco de ficar caricato ou infantil é grande, além de limitar os usos na rotina de cada ambiente", explica o arquiteto.

A recomendação deles é pensar bem. ""A decoração é a alma de uma casa e por isso deve ser um espaço lindo e sofisticado, sem perder de vista a melhoria da qualidade de vida. É o local de repouso e alívio do estresse, onde o bem-estar de seus moradores é a palavra de ordem", aconselha Mariza.

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