9 projetos que apontam para o futuro da arquitetura

A exposição contém nove projetos que exploram temas como a descolonização e a descarbonização pelo contexto do continente africano. A seguir, confira as 9 criações surpreendentes que estão expostas em Veneza:

Entidade de Descolonização é uma recriação da fachada de um dos principais edifícios do assentamento rural de Borgo Rizza, construído na década de 1940 sob o regime fascista para modernizar a Sicília. Os arquitetos do Estúdio DAAR, Alessandro Petti e Sandi Hilal, o criaram a fim de explorar a reapropriação da arquitetura colonial fascista.

O Liminarity é uma vitrine composta por três projetos de reutilização adaptativa que exploram o conceito de espaço liminar. Os responsáveis por essa obra é o estúdio de arquitetura chinês Neri&Hu, que afirma querer criar uma zona entre a prática do design e a exploração teórica na prática do design.

O Grande Empreendimento, ou The Great Endeavor, é uma produção dirigida pelo arquiteto Liam Young em colaboração com cientistas e tecnólogos, a fim de mostrar como seria o desenvolvimento de uma nova infraestrutura para remover o carbono da atmosfera e o armazenando no subsolo.

Canção bengali é um tríptico de tapeçarias que ilustram artesãos marginalizados em Bengala, e retrata diferentes usos de Khudi Bari, uma casa modular de montagem rápida e adaptável a inúmeras situações. Em sua criação, o designer e arquiteto Arinjoy Sen representou a She Kantha– uma organização não-governamental focada em reviver o bordado artesanal Kantha.

Feita pela Killing Architects, este projeto é sobre a investigação das redes de campos de concentração em Xinjiang, na China. A instalação apresenta um filme explicativo em relação ao processo do uso das ferramentas arquitetônicas e espaciais, como as imagens de satélite e os regulamentos de construção das prisões chinesas, em busca de revelar a escala da rede construída para a detenção de uigures– povo asiático que ocupa o noroeste chinês, que atualmente é considerada uma região autônoma.

O Studio Barnes criou o Griot, uma série de objetos físicos e desenhos que contam a história da diáspora africana por meio da história, identidade, arquitetura e colonização, oferecendo a oportunidade de reimaginar um novo futuro.

Com o objetivo de destacar a opressão e a representação feminina africana, a arquiteta Gugulethu Sibonelelo Mthembu criou Encarnações: Porto de Shir - Ato Final. Essa obra tem um foco central na história de Aicha Qandisha – um espírito feminino que aparece nos sonhos de homens e os leva à infidelidade –, e visa contar uma nova trama para esse espírito.

A obra Mnemônico é a primeira repatriação digital de arte roubada no mundo e foi produzida pelo Estúdio Looty, com o objetivo de tornar mais simples o estudo de itens culturais para as novas gerações africanas, visto que estão mantidos em museus pelo mundo todo. As peças são gravadas digitalmente, renderizadas e digitalizadas como tokens não fungíveis (NFTs).

Construída pelo artista ganês, Serge Attukewei Clottey, a instalação Tempo e Acaso é um trabalho que busca investigar culturas materiais globais, segundo o próprio artista. Feita por galões de plástico amarelos cortados, perfurados e costurados, é dividida em duas partes: uma está na exposição principal e a outra é maior e fica suspensa sobre a água nos estaleiros de Gaggiandree.