Edifícios

Por Redação


A história do edifício A Noite, que será revitalizado no Rio de Janeiro — Foto: Edu Lima/Flickr
A história do edifício A Noite, que será revitalizado no Rio de Janeiro — Foto: Edu Lima/Flickr

O edifício A Noite, projetado pelos arquitetos Joseph Gire (1872-1933) e Elisário Bahiana (1891-1980) na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, será revitalizado no segundo semestre de 2024. A construção de 22 andares, do final da década de 1920, é considerada o primeiro arranha-céu da América Latina e já abrigou as instalações da Rádio Nacional.

Foto da fachada do Edifício A Noite, projetado por Joseph Gire e Elisário Bahiana — Foto: Reprodução/Instagram @highmileflyer
Foto da fachada do Edifício A Noite, projetado por Joseph Gire e Elisário Bahiana — Foto: Reprodução/Instagram @highmileflyer
Os 102 metros de altura do edifício A Noite se destacavam no skyline carioca em 1929 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO
Os 102 metros de altura do edifício A Noite se destacavam no skyline carioca em 1929 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO

Formado pela École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris, Gire desembarcou no Rio de Janeiro graças às encomendas de Octávio Guinle, então um dos homens mais ricos do país. Antes da construção do A Noite, que durou de 1927 a 1929, o arquiteto foi responsável por outros marcos da cidade, como o Palácio Laranjeiras (1909), morada oficial do governador, o palacete Lineu de Paula Machado (1912), em Botafogo, e o Copacabana Palace (1923).

O arquiteto Joseph Gire no início dos anos 1920 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO
O arquiteto Joseph Gire no início dos anos 1920 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO

A estrutura de 102 metros de altura com vistas para a baía de Guanabara foi erguida em concreto armado (novidade até então no país para edificações) e tanto as fachadas como as áreas internas comuns tiveram influências do estilo Art déco. O título de prédio mais alto do país foi perdido poucos anos depois para o edifício Martinelli, em São Paulo, inaugurado em 1934.

A fachada do edifício A Noite, na Praça Mauá, em foto de 2008 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO
A fachada do edifício A Noite, na Praça Mauá, em foto de 2008 — Foto: ACERVO ROBERTO CABOT/ DIVULGAÇÃO

O jornal vespertino "A Noite", cuja redação funcionava no local, acabou fazendo com que o edifício ficasse conhecido pelo mesmo nome. Em 1936, a Rádio Nacional entrou em funcionamento lá, e artistas frequentavam o local para cantar em seus programas ou participar de radionovelas. Na década de 1940, o prédio virou patrimônio da União, sediando algumas repartições públicas.

Tombado pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o edifício A Noite foi a leilão, mas não atraiu interessados - até ser comprado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em março deste ano, por R$ 28,9 milhões, e vendido em seguida para o grupo QOPP Incorporadora, que construirá nele 447 unidades residenciais, além de três lojas no térreo e dois espaços no terraço do edifício: um restaurante e o Centro Cultural da Rádio Nacional.

Foto da fachada do Edifício A Noite em 2016 — Foto: Reprodução/Instagram @a.nasixx
Foto da fachada do Edifício A Noite em 2016 — Foto: Reprodução/Instagram @a.nasixx

A iniciativa é um desdobramento do projeto Reviver Centro, que pretende repaginar a região central da cidade com novas habitações e retrofits. A lei do Reviver Centro prevê incentivos para construtoras: quem investir no centro do Rio poderá ganhar terrenos em outras regiões da cidade mais atrativas ao mercado, como a zona sul.

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