• Rafael Belém
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Um dos nomes mais relevantes da arte contemporânea brasileira, Adriana Varejão recebe a maior exposição dedicada a sua carreira na Pinacoteca de São Paulo. A mostra Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas abre ao público neste sábado (26) com mais de 60 obras realizadas entre 1985 e 2022, incluindo produções inéditas e outras criações nunca vistas no país. 

Maior exposição de Adriana Varejão entra em cartaz na Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação)

Pinturta tridimensional 'Ruínas Brasilis', doada para o acervo permanente da Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação)

Conhecida pelo trabalho singular com cerâmica e pintura, Varejão produz telas, esculturas e objetos que examinam de forma crítica e radical a história visual brasileira. Sua produção é marcada justamente pela presença de rachaduras, cortes, talhos e fissuras, além de inspirações na azulejaria portuguesa e no estilo barroco.

Sob curadoria de Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo, a exposição ocupa sete salas da instituição além do octógono, que recebe a série de pinturas tridimensionais Ruínas, feitas especialmente para a mostra, e a Ruína Brasilis, que será doada para o acervo permanente do museu. 

Maior exposição de Adriana Varejão entra em cartaz na Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação)

Tela 'O Iluminado' (2009), de Adriana Varejão (Foto: Divulgação)

“O que é latente nesta mostra é a maneira como Adriana Varejão trabalha com a pintura pois, desde o início, ela segue uma direção que vai além da bidimensionalidade da tela, usa elementos que rompem a matéria; são frestas, cortes, vazamentos que descortinam uma situação e dão um novo significado, como por exemplo as 'vísceras' e 'carnes' que se derramam em muitos dos seus trabalhos”, afirma Volz.

Maior exposição de Adriana Varejão entra em cartaz na Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação)

'Azulejões' (2000), de Adriana Varejão (Foto: Divulgação)

Um dos grandes destaques da mostra é o conjunto de obras Língua com padrão em X, Língua com padrão de flor e Língua com padrão sinuoso que, pela primeira vez, serão exibidas pela primeira vez lado a lado. Outra obra nunca vista no Brasil é a Azulejos (1998), o primeiro trabalho da artista inspirado nos azulejos portugueses e que ganhou uma sala dedicada ao tema na exposição. 

Maior exposição de Adriana Varejão entra em cartaz na Pinacoteca de São Paulo (Foto: Rafael Belém)

As obras 'Línguas' expostas pela primeira vez juntas (Foto: Rafael Belém)

Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas fica em cartaz na Pinacoteca de São Paulo até 1º de agosto. 

Serviço
Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas
Quando: 26/03 até 01/08
Onde: Praça da Luz 2, São Paulo, SP, 1º andar e Octógono De quarta a segunda, das 10h às 18h.
Ingressos no site da Pinacoteca: R$ 20 (inteira)
Gratuito para crianças até 10 anos e pessoas acima de 60 anos. Sábado, gratuito para todas as pessoas.