Muitas pessoas acreditam que o direito à cidade é apenas um agrupamento de direitos 🏠💦 🌱🚍🎒. No entanto, o direito à cidade vai muito além disso. Ele representa não apenas o acesso a aspectos materiais fundamentais para a manutenção de uma vida digna, mas também o direito à participação ativa na construção e gestão das nossas cidades. Isso significa influenciar as políticas que determinam nossos futuros, para que todas as pessoas, independentemente de classe social, raça, gênero ou territorialidade, possam viver e envelhecer de forma plena.
Afinal, mesmo que o acesso a serviços, recursos, infraestruturas e equipamentos urbanos fosse universalizado, ainda persistiriam as desigualdades estruturais que oprimem grupos historicamente vulnerabilizados. Dessa maneira, a efetivação do direito à cidade só se torna possível através de uma transformação social, política e econômica profunda. Para isso, é preciso disputar a ideia de cidade como um bem comum, um ideário anticapitalista que deve valorizar o bem viver de todas as pessoas em oposição à mercantilização dos nossos territórios, nossos recursos naturais, nossos corpos, nossas vidas.
Além disso, o direito à cidade reconhece que opressões, como racismo, misoginia, capacitismo e LGBTQIAPN+fobia, são tanto determinantes quanto resultados da produção dos espaços urbanos. A imposição de padrões de segregação e violência a determinados grupos sociais, que desafiam a norma branca e cisheteronormativa, está enraizada na constituição social e política dos nossos territórios. Por isso, a transformação radical das cidades requer um poder coletivo para reformular os processos de produção e gestão do espaço. Assim, o direito à cidade representa a poderosa ideia de ressignificarmos as cidades a partir da nossa própria transformação.
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