Benef�cio de manter direitos pol�ticos dado a Dilma pode ajudar Cunha
Renato Costa - 14.jul.16/Folhapress | ||
![]() |
||
O deputado afastado Eduardo Cunha durante sua defesa em processo de cassa��o na C�mara |
A manuten��o das fun��es p�blicas de Dilma Rousseff pelo Senado pode refletir na vota��o do processo de cassa��o do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo congressistas.
O peemedebista, que est� afastado do mandato, distribuiu uma carta a seus pares nesta semana na qual reivindica protagonismo no impeachment e pede que eles o absolvam na vota��o marcada para 12 de setembro.
"Todos sabem que sem a minha determina��o e sem a minha atua��o jamais esse processo teria sido aberto [...]. N�o � justo que eu pague com o mandato e perca os direitos pol�ticos por ter tido a coragem de conduzir o processo de impeachment do governo e do partido que estavam destruindo o pa�s", escreveu.
Ent�o presidente da C�mara, Cunha autorizou a tramita��o do pedido de impeachment em dezembro, ap�s fracassarem suas negocia��es com o governo Dilma com o intuito de enterrar seu processo de cassa��o.
O peemedebista � acusado de ser um dos principais integrantes do esquema de corrup��o da Petrobras.
"Como protagonista do processo, tendo praticado o primeiro ato de aceita��o da den�ncia oferecida por crime de responsabilidade contra a ex-presidente, vejo que todos os meus atos foram confirmados por sucessivas vota��es, tanto na C�mara dos Deputados quanto no Senado Federal, atestando a lisura dos meus atos", disse, em nota.
Nesta quarta, o Senado manteve as fun��es p�blicas para a ex-presidente, ao votar esse tema separadamente da perda de mandato.
Para o sucessor de Cunha na Presid�ncia da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o fato tende a gerar um precedente que, como consequ�ncia, pode beneficiar Cunha. "Se formos usar a mesma decis�o (...), muda-se o processo de cassa��o de qualquer um."
O deputado disse que, ao analisar perdas de mandato, os deputados sempre votaram o parecer do Conselho de �tica pelo afastamento do parlamentar de forma unit�ria. Agora, aliados de Cunha tendem a reivindicar o mesmo tratamento no dia 12.
"Fiquei preocupado porque ele cita muitas vezes o regimento da C�mara", disse Maia se referindo a Ricardo Lewandowski, que presidiu a sess�o que cassou Dilma.
A vota��o de um projeto que aceitasse emendas j� era uma das ideias dos "cunhistas", mas at� ent�o Maia descartava essa possibilidade.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade