Maia admite adiar vota��o da cassa��o de Cunha se n�o houver quorum
Alan Marques/Folhapress | ||
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O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia |
O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta quarta-feira (24) a possibilidade adiar a vota��o da cassa��o do mandato de seu antecessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Conforme tem repetido desde que assumiu o mandato, a vota��o s� ocorrer� se houver quorum suficiente na Casa.
"Se estiver baixo na segunda, faz na ter�a, e estiver baixo na ter�a, vota na quarta. Se tamb�m estiver baixo, vota na outra semana, vota outro dia", afirmou o presidente.
Maia convocou a sess�o em que o destino de Cunha deve ser decidido para 12 de setembro, uma segunda-feira. Esse � um dos dias da semana em que, historicamente, n�o h� presen�as suficientes na C�mara para delibera��es importantes. "Se ele conseguir tirar dias 12, 13 e 14 o quorum, eu n�o voto. E cada um assuma a responsabilidade que vai ter", completou.
O presidente tem dito que n�o dar� seguimento � an�lise do tema sem que mais de 400 dos 512 parlamentares tenham registrado presen�a no painel eletr�nico. Para que Cunha perca o mandato, s�o necess�rios os votos de, pelo menos, 257 deputados a favor dessa tese.
VOTO ABERTO
Advers�rios de Cunha, contudo, nem acreditam haver necessidade de aguardar de um quorum t�o alto. A vota��o aberta —quando � poss�vel saber como cada um se posicionou—, acreditam, deve inibir aqueles que, caso o pleito fosse fechado, poderiam votar para livrar o peemedebista.
Al�m de contar com o esvaziamento do plen�rio, uma outra estrat�gia de Cunha e aliados para manter o peemedebista no cargo por mais tempo � protelar a vota��o.
Rodrigo Maia, que foi aliado a Cunha por muito tempo —se afastou dele ap�s n�o ter o nome bancado pelo peemedebista para a lideran�a do governo na C�mara quando Michel Temer assumiu a Presid�ncia— diz n�o "ver problema" em deixar a an�lise para depois. "N�o vejo problema no jogo pol�tico. A minha obriga��o � pautar e votar com quorum alto".
O deputado afirmou ainda que, mesmo que haja press�es dos "cunhistas", vai colocar em vota��o a decis�o do Conselho de �tica pela cassa��o de Cunha e n�o um projeto de resolu��o, que poderia receber emendas e afrouxar a puni��o ao peemedebista. "Estou usando a mesma regra dos outros casos". Essa foi uma possibilidade que chegou a ser cogitada pelo grupo que n�o quer Cunha cassado.
Embora tenha perdido for�a nos �ltimos meses com o avan�o de seu processo de cassa��o e, especialmente, com o afastamento da Presid�ncia da Casa e do mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 5 de maio, Cunha ainda mant�m um seleto grupo a seu lado. Tamb�m carrega consigo o fato de ter dado o pontap� inicial para o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).
� nisso que se apoiam aliados que ainda t�m esperan�as de conseguir colocar em pr�tica os planos para protelar ainda mais o afastamento definitivo ou at� salvar o mandato de Cunha.
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