'Est� na hora de o PT ter humildade', diz governador eleito do RS
Eleito governador do Rio Grande do Sul ap�s uma intensa troca de ataques com o PT de Tarso Genro, o atual governador derrotado nas urnas, o peemedebista Jos� Ivo Sartori diz que o partido da presidente Dilma precisa ter "humildade" e fazer uma "autocr�tica".
Ele afirma que a popula��o desaprovou as estrat�gias de desconstru��o adotadas na campanha nacional e que "quem � plural e democr�tico" n�o pode achar que os outros est�o sempre equivocados.
"Tem gente que acha que est� sempre certa, que os outros est�o sempre errados. Est� na hora de ter humildade, fazer um pouco de autocr�tica e perceber que o Brasil pode ser diferente, inclusive nas disputas eleitorais", disse o peemedebista � Folha.
Sartori imp�s no domingo uma derrota por larga margem ao PT, no quinto maior col�gio eleitoral do pa�s —venceu o segundo turno com 61% dos votos, ante 39% de Tarso. Na elei��o presidencial, ele apoiou Marina Silva (PSB) no primeiro turno e A�cio Neves (PSDB) na segunda etapa.
O peemedebista diz que "n�o vem de gra�a" a rejei��o ao PT em algumas fatias do eleitorado e que o partido advers�rio "ficou igual a todo mundo".
"Deve ter gente que deve ter plantado l� atr�s e hoje tem essa avers�o", declarou.
Ele cita como exemplos atitudes hist�ricas, como a de n�o fazer parte do governo de Itamar Franco (1992-1994) e diz que houve um "aprendizado" que fez os petistas se abrirem a coliga��es. Mas afirma que n�o � "anti-PT" nem "antiningu�m".
No Rio Grande do Sul, o PMDB � um tradicional opositor do PT —a elei��o deste ano foi a quarta nos �ltimos 20 anos em que as duas siglas disputaram o segundo turno no Estado.
Sartori concorda com a avalia��o do diret�rio ga�cho do PMDB que afirma que a alian�a nacional com o governo federal � ruim para os dois lados.
Ele diz que o fundamental n�o � ir para a oposi��o a Dilma, mas pensar em uma candidatura pr�pria a presidente em 2018. "Achei que [o apoio] ia prejudicar quando foi constitu�do, l� em 2003. De agora em diante, vamos fazer o qu�? Tem que trabalhar internamente", diz.
O governador eleito foi criticado por Tarso ao longo da campanha por adotar o slogan "Meu partido � o Rio Grande", que, para o petista, omitia o v�nculo com o PMDB.
Sartori diz que faltam a todos os partidos "programa e orienta��o" e defende uma mudan�a na estrutura por meio da reforma pol�tica.
PARCERIA COM DILMA
Ele elogiou a manifesta��o de Dilma Rousseff ap�s a reelei��o, em que ela citou a necessidade de mudan�as nessa �rea. "Tenho certeza de que, se o governo se empenhar, ele consegue fazer a reforma pol�tica. Agora h� mais motiva��o e se tornou uma necessidade mais premente. N�o existe tanta ideologia pra tanto partido."
Na disputa pelo governo ga�cho, o PMDB firmou alian�a com 18 siglas no segundo turno.
Apesar do apoio aos tucanos e a Marina na elei��o presidencial, o novo governador ga�cho afirma que ter� uma rela��o positiva com a presidente reeleita. Diz que no per�odo em que foi prefeito de Caxias do Sul, de 2005 a 2012, tocaram projetos em conjunto com o governo federal e que n�o vai ter "preconceito" com quem n�o o apoiou na campanha.
"Desejamos um governo que supere as dificuldades no campo econ�mico, no campo da infla��o, e que tenha um bom relacionamento com todos os governadores."
Quanto ao pr�prio mandato, Sartori cita a aten��o �s finan�as como medida inicial de sua futura gest�o —o Rio Grande do Sul � proporcionalmente o Estado mais endividado do pa�s.
"Precisa um cuidado todo especial porque � o que vai oferecer oportunidade para novos investimentos ou capacidade de financiar mudan�as na infraestrutura."
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