Pai de Marine Le Pen critica campanha da filha por ser 'muito suave'
Kenzo Tribouillard - 1�.mai.2015/AFP | ||
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O fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, e sua filha, Marine, em com�cio do partido em 2015 |
O fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, criticou a campanha de sua filha, Marine, em uma entrevista na ter�a-feira (25), sugerindo que deveria ter seguido o exemplo do presidente americano, Donald Trump.
Ele afirmou � r�dio RTL que Le Pen foi demasiado suave no primeiro turno das elei��es presidenciais, em que ela foi derrotada pelo centrista Emmanuel Macron.
Macron, do movimento independente Em Frente!, teve 24% dos votos. Le Pen, representando a direita ultranacionalista, recebeu 21,3%. Ambos disputam agora o segundo turno em 7 de maio. Pesquisas sugerem que ele venceria com 62% dos votos.
"Acho que a campanha dela foi muito relaxada", disse Jean-Marie. "Se eu estivesse no lugar dela, teria tido um campanha no estilo da de Trump, mais aberta, bastante agressiva contra aqueles respons�veis pela decad�ncia do nosso pa�s", afirmou o veterano de 88 anos.
H� diverg�ncias entre pai e filha desde que ela assumiu a lideran�a em 2011 e o expulsou em 2015, tendo em vista suavizar a imagem do partido. Jean-Marie � associado ao racismo, e ele disse que o Holocausto era apenas um "detalhe" da hist�ria.
A lideran�a da Frente Nacional est� vaga desde a segunda-feira (24), quando Le Pen anunciou sua abdica��o tempor�ria para concentrar-se na campanha. O gesto foi entendido como outra tentativa de atrair eleitores mais moderados a uma sigla com ampla rejei��o no pa�s.
Marine Le Pen tenta neste ano alcan�ar a Presid�ncia que seu pai nunca obteve. Ele qualificou-se tamb�m ao segundo turno, em 2002, mas foi derrotado pelo conservador Jacques Chirac.
Mesmo afastado da Frente Nacional, Jean-Marie ainda � uma figura onipresente no partido –que tomou um empr�stimo de R$ 20 milh�es de um fundo que ele chefia.
Le Pen baseia sua campanha presidencial em ideias radicais sobre a migra��o e o isl�, defendendo tamb�m a retirada da Fran�a da Uni�o Europeia, uma vis�o oposta �quela de seu rival, Macron.
SEGURAN�A
Le Pen e Macron compareceram na ter�a-feira � homenagem a Xavier Jugel�, o policial morto no tiroteio de 20 de abril em Paris.
O evento serviu para marcar o interesse de ambos em um dos assuntos que dominar�o a campanha do segundo turno: a inseguran�a.
A Fran�a foi alvo de diversos ataques nos �ltimos anos. O maior deles deixou 130 mortos em Paris em novembro de 2015. O pa�s vive em estado de seguran�a.
Le Pen relaciona essa quest�o ao fracasso do sistema pol�tico em impedir a migra��o e podar o isl�. Macron sugere a contrata��o de mais policiais e parcerias com os pa�ses de origem dos refugiados, para resolver essa crise em sua origem.
O presidente socialista, Fran�ois Hollande, discursou durante a homenagem ao policial morto. Hollande, que abertamente apoia Macron, pediu a ambos os candidatos que garantam o or�amento necess�rio para o recrutamento de mais policiais.
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