Republicanos repudiam proposta de Trump de barrar mu�ulmanos
A proposta do pr�-candidato � Casa Branca Donald Trump de barrar a entrada de todos os mu�ulmanos nos EUA como resposta � amea�a de ataques terroristas, foi respondida com cr�ticas pesadas de nomes de seu pr�prio partido.
Jeb Bush, que concorre com Trump pelo direito de disputar a Presid�ncia dos EUA, classificou o bilion�rio como "desequilibrado".
"Donald Trump � desequilibrado. Suas propostas 'pol�ticas' n�o fazem sentido", afirmou o ex-governador da Fl�rida.
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Donald Trump zomba de jornalista durante com�cio |
O ex-vice-presidente Dick Cheney tamb�m condenou a declara��o.
"Toda essa no��o de que n�s podemos simplesmente dizer 'n�o aos mu�ulmanos' e simplesmente banir toda uma religi�o vai contra tudo o que defendemos e acreditamos. Liberdade religiosa � uma parte importante da nossa hist�ria e das nossas origens", disse Cheney.
Outro rival republicano de Trump, John Kasich, disse que a declara��o � parte do "ultrajante divisionismo que caracteriza cada respiro seu".
Trump � l�der nas pesquisas de opini�o das prim�rias republicanas, indicando uma radicaliza��o no discurso conservador do partido.
O bilion�rio recebeu cr�ticas menos comedidas de outros concorrentes do seu partido, como Ted Cruz e Carly Fiorina.
IMPEDIMENTO
Em comunicado divulgado na segunda (7), o pr�-candidato afirma que defende "o total e completo impedimento de que mu�ulmanos entrem nos Estados Unidos at� que representantes nacionais possam entender o que est� acontecendo".
"At� que sejamos capazes de determinar e entender esse problema e o perigo que ele representa, nosso pa�s n�o pode ser as v�timas de ataques horrendos por pessoas que apenas acreditam na Jihad e n�o t�m senso de raz�o ou respeito pela vida humana", diz a nota, publicada menos de 24 horas depois de um discurso em que o presidente americano, Barack Obama, pediu que a popula��o americana n�o diferenciasse os cidad�os com base em sua religi�o.
O discurso de Obama e a rea��o de Trump acontecem ap�s o atentado em San Bernardino, que matou 14 pessoas. Os atiradores, a paquistanesa Tasfeen Malik e seu marido, Syed Farook, eram mu�ulmanos.
L�deres mu�ulmanos e �rg�os internacionais tamb�m condenaram a declara��o de Trump, incluindo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (UNHRC). O �rg�o teme que a discrimina��o religiosa de l�deres pol�ticos prejudique o reassentamento de refugiados, principalmente s�rios e iraquianos que fogem do Estado Isl�mico (EI).
Segundo a porta-voz da ag�ncia, Melissa Fleming, os EUA t�m o maios programa de acolhimento de refugiados do mundo, e que os s�rios "s�o a popula��o mais escrutinados" ao ingressarem no pa�s. Fleming n�o citou diretamente Trump.
Para o chefe do �rg�o, Antonio Guterres, aqueles que se recusam a aceitar s�rios por serem mu�ulmanos est�o, sem o saber, ajudando grupos extremistas a serem recrutadores mais eficientes.
Al�m de propostas xenof�bicas, Trump tem se notabilizado por outras atitudes pol�micas e gafes durante sua campanha. Em um dos epis�dios mais recentes, o pr�-candidato zombou de um jornalista portador de artrogripose cong�nita que havia desmentido uma declara��o sua durante um evento p�blico.
Embora a maior parte das rea��es de autoridades tenha sido negativa, houve vozes que saudaram Trump pelo coment�rio sobre mu�ulmanos, entre as quais a comentarista pol�tica conservadora Ann Coulter.
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