Ataque na Calif�rnia foi 'ato de terrorismo', diz Obama
Em meio ao nervosismo criado pelo atentado na Calif�rnia, que deixou 14 mortos na semana passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, foi a p�blico neste domingo (6) para tentar tranquilizar os americanos e prometeu que a fac��o terrorista Estado Isl�mico (EI) ser� destru�da.
"A amea�a terrorista � real, mas n�s a venceremos. N�s destruiremos a mil�cia do EI e outras organiza��es que tentam nos atingir. Nosso sucesso n�o depende de falar duro, de abandonar nossa ideologia, ou de ceder ao medo", afirmou.
Saul Loeb/Efe | ||
O presidente americano, Barack Obama, durante pronunciamento ao vivo direto da Casa Branca |
Foi um raro pronunciamento � na��o em hor�rio nobre no Sal�o Oval, seu gabinete de trabalho na Casa Branca, em Washington.
Obama detalhou a estrat�gia americana para combater a fac��o terrorista, que conquistou partes do territ�rio do Iraque e da S�ria e recentemente inspirou atentados terroristas em v�rios pa�ses.
O discurso n�o indicou uma mudan�a de curso, mas serviu para o presidente reiterar as a��es de seu governo contra o EI, como ofensivas a�reas e coordena��o entre aliados para conter a propaga��o da ideologia "venenosa" do grupo terrorista. Obama descartou o envio de tropas terrestres dos EUA.
"A amea�a terrorista evoluiu para uma nova fase", disse o presidente. "Eu sei que, depois de tanta guerra, muitos americanos est�o se perguntando se estamos sendo confrontados por um c�ncer que n�o tem cura imediata".
Segundo Obama, o FBI (pol�cia federal americana) ainda est� investigando o atentado da �ltima quarta-feira (2) na cidade de San Bernardino, na Calif�rnia, em que um casal de mu�ulmanos invadiu um centro comunit�rio em que ele trabalhava e matou a tiros 14 pessoas.
Mas n�o hesitou em chamar o atentado de "ato terrorista" e afirmou que os dois assassinos, mais tarde mortos num tiroteio com a pol�cia, haviam sido "radicalizados" por uma ideologia extremista. Entre as medidas anunciadas por Obama est� a revis�o do processo de concess�o de vistos.
A coautora do atentado na Calif�rnia, a paquistanesa Tasfeen Malik, estava nos EUA com um visto de c�njuge obtido ap�s casar com seu c�mplice, Syed Farook.
Segundo autoridades americanas, Malik jurou lealdade ao l�der do Estado Isl�mico, em uma rede social, pouco antes do atentado.
O discurso de Obama foi visto como uma resposta � sensa��o entre a maioria dos americanos de que seu governo inicialmente menosprezou o EI e ainda n�o soube elaborar uma estrat�gia eficiente para destruir o grupo terrorista.
Em uma pesquisa divulgada neste domingo —mas realizada antes do ataque de San Bernardino—, 60% dos entrevistados reprovaram a pol�tica do governo contra o terrorismo.
Tamb�m mostra um endurecimento da opini�o p�blica ap�s os atentados em Paris: pela primeira vez, mais de metade (53%) se disse a favor do envio de tropas terrestres americanas para combater o EI.
Foi apenas o terceiro pronunciamento � na��o feito por Obama no Sal�o Oval da Casa Branca em seus sete anos na Presid�ncia. O gabinete de trabalho do presidente geralmente � reservado a comunicados de suma import�ncia.
Um dos mais marcantes da hist�ria recente foi o realizado pelo presidente George W. Bush, em 2003, anunciando a invas�o americana do Iraque. A opera��o militar, para muitos analistas, criou o caos que permitiu o surgimento do Estado Isl�mico.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis