Na primeira escola, brincadeiras fazem parte do curr�culo e estimulam o c�rebro
As brincadeiras ajudam no processo de forma��o dos pequenos. Por isso, aten��o papais e mam�es: quanto mais nova for a crian�a, mais preocupada a escola tem de estar com o tempo destinado simplesmente para brincar.
"Pode ser uma atividade simples, como pular amarelinha, montar pe�as de um jogo ou brincar de roda", explica a psic�loga e professora da PUC-SP Maria Angela Barbato Carneiro.
De acordo com a especialista, algumas escolinhas deixam de lado as atividades l�dicas para atender uma demanda dos pr�prios pais.
"Tem quem reclame na escola quando o filho chega em casa sujo de terra", diz. Nas grandes cidades, por�m, a escola acaba sendo o �nico espa�o para essas experi�ncias.
"Antes, t�nhamos o espa�o da rua e as brincadeiras aconteciam naturalmente. Agora, a escola passa a ser o local onde acontecem as brincadeiras. N�o se v� mais crian�as pulando corda na rua", afirma Claudia Lacerda, professora do jardim 1 do col�gio Santa Maria, que fica na zona sul de S�o Paulo.
L�, a crian�ada tem atividades voltadas para o pr�prio desenvolvimento de brincadeiras. E isso acontece mesmo sem brinquedos.
Toda semana, os alunos fazem uma caminhada pela �rea verde da escola. A divers�o fica por conta de folhas, galhos e da imagina��o.
A proposta � um exemplo de que nem toda brincadeira deve ter fins necessariamente pedag�gicos. "Se voc� contar uma hist�ria e depois ficar fazendo perguntas, a crian�a vai se entediar.
N�o � preciso pedagogizar tudo", afirma Maria Angela.
NEUR�NIOS
Quando a crian�a brinca, ela ativa o c�rebro por meio da imagina��o, da capacidade de concentra��o e da escolha de alternativas.
Dos 2 aos 6 anos, ocorre uma mudan�a cr�tica na forma��o cerebral, com aumento da quantidade de neur�nios. Por isso, brincar nessa fase � fundamental.
"O c�rebro vai se esculpindo conforme as experi�ncias passam nessa idade. Se determinados circuitos n�o forem ativados, h� uma poda dos neur�nios n�o utilizados", explica Paulo Junqueira, especialista em neurologia infantil.
Segundo Maria Angela, um aluno de seis anos deve ter em torno de 40% do tempo na escola voltado para as brincadeiras.
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