Adapta��o na primeira escola demanda parceria entre fam�lia e educadores
A primeira escola � um marco na vida da crian�a. Significa separar-se da fam�lia pela primeira vez para se inserir em outro grupo social.
Idade certa para colocar crian�as na escola divide pais
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"A crian�a faz um esfor�o para ficar bem em um espa�o coletivo, com pessoas desconhecidas, onde as rela��es, regras e limites s�o diferentes daqueles a que ela est� acostumada", explica a psic�loga Cisele Ortiz.
O modo como escola e fam�lia conduzem o processo � fundamental. Para que n�o transmitam uma experi�ncia negativa � crian�a, os pais t�m de estar seguros e confiar no trabalho da institui��o.
A pedagoga Silvia Colello aconselha di�logo constante com a escola. "Pais t�m o direito de fazer perguntas e � dever da escola responder a elas. O canal de comunica��o precisa estar aberto."
� preciso tamb�m ficar atento ao cumprimento de acordos preestabelecidos com os filhos. "Se o pai volta no primeiro dia na hora combinada, j� � um grande caminho", afirma M�nica Mazzo, diretora pedag�gica do AB Sabin, na zona oeste.
Na adapta��o –que costuma durar uma semana, mas pode ser prolongada ou abreviada–, a crian�a � acompanhada por um parente.
"Essa presen�a � essencial para que elas saibam que, embora estejam em um lugar novo e desconhecido, podem contar com as pessoas em quem confiam", diz Fernanda Flores, coordenadora do ensino fundamental na Escola da Vila, na zona oeste.
RESIST�NCIA
Henrique, 5, filho da dona de casa Gabriela Marcondes, 34, levou um m�s para se habituar � escola. A mudan�a na rotina do garoto, � �poca com um ano e nove meses, coincidiu com a chegada da irm�, Bianca, 3.
"Ele chorava muito, e eu tamb�m. Acho que se sentiu um pouco posto de lado."
Apesar da inseguran�a, Gabriela insistiu na adapta��o. Mudou de estrat�gia e acionou a av� materna, que assumiu o lugar dela no processo. "Hoje, ele adora a escola e at� reclama quando eu apare�o mais cedo para busc�-lo."
Com a jornalista Natalie Consani, 33, foi diferente. Ela chegou a colocar o filho Enzo, 2, numa escola, mas desistiu ap�s tr�s dias. "Ele se sentiu muito mal no ambiente. S� chorava", conta.
"Achei que a escola fosse de um jeito e era de outro. N�o fosse isso, talvez eu tivesse insistido um pouco mais", diz Natalie.
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