• Por Thaís Lauton
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Para a privacidade dos moradores, as gardênias em vasos ocultam a varanda dos olhares vizinhos (Foto: Renato Corradi )

Para a privacidade dos moradores, as gardênias em vasos ocultam a varanda dos olhares vizinhos (Foto: Renato Corradi )

Varanda reservada - 12 m²
Para tirar a vista dos prédios vizinhos e oferecer um pouquinho de verde às filhas de 3 e 5 anos, os moradores deste apartamento, em Moema, São Paulo, pediram uma mãozinha ao paisagista Alexandre Fang. Nos justos 12 m² de varanda, o paisagista implantou várias soluções. a primeira e mais importante: “Rasguei parte do deque e aumentei a área de seixos rolados para dar movimento ao jardim”, diz Alexandre. O profissional dispôs dois vasos com pitangueiras nas extremidades do banco e, contornando o guarda-corpo, usou outros com gardênias e agapantos, escondidos por uma viçosa forração de dinheiro-em-penca. Mesmo pequeno, o jardim da varanda é um dos locais mais disputados da casa.

O deque foi parcialmente “rasgado” pela marcenaria Wengue para dar lugar aos seixos rolados Campos do Jordão, da Cristiane Rodrigues Pedras Decorativas, que iluminam a varanda. Sobre eles, os vasos, da Vasotam, têm pitangueiras simétricas ao banco da Moin (Foto: Renato Corradi)

O deque foi parcialmente “rasgado” pela marcenaria Wengue para dar lugar aos seixos rolados Campos do Jordão, da Cristiane Rodrigues Pedras Decorativas, que iluminam a varanda. Sobre eles, os vasos, da Vasotam, têm pitangueiras simétricas ao banco da Moinho Velho. À dir., os maçicos de agapanto cobrem parte do guarda-corpo (Foto: Renato Corradi)

Os dormentes conduzem aos dois lados do jardim e ainda servem de apoio para alguns vasos de plantas, entre elas, os cactos. Foram alternados por pedriscos e grama-preta. A pérgola de eucalipto tratado, executada pela Flora e Arte, dá suporte aos vasos de  (Foto: Renato Corradi)

Os dormentes conduzem aos dois lados do jardim e ainda servem de apoio para alguns vasos de plantas, entre elas, os cactos. Foram alternados por pedriscos e grama-preta. A pérgola de eucalipto tratado, executada pela Flora e Arte, dá suporte aos vasos de orquídea (Foto: Renato Corradi)

Viveiro no quintal - 17 m²
No jardim desta casa no bairro da Casa Verde, em São Paulo, as plantas tinham lugar cativo muito antes de a paisagista Paula Galbi pisar lá. Os moradores, apaixonados por verde, sempre arranjam espaço para mais um vaso. “Aproveitei quase todas as espécies. Fiz uma seleção pelo aspecto, saúde e adequação à insolação. Mantive as orquídeas, os lírios-da-paz, os antúrios e o jasmim-manga. Introduzi apenas o clorofito como forração, para dar contraste de cor”, afirma Paula. A área de 17 m² foi organizada com dormentes, para apoiar os vasos de cactos, e com uma pérgola de eucalipto, para dispor os exemplares de orquídea – o que compôs um viveiro simples e encantador.

Para aumentar o espaço de pisoteio, Paula avançou até a grelha. “Ela foi coberta com pedriscos na cor palha e alternada por dormentes e grama-preta”, diz Paula. Como o quintal fica em frente à sala do futuro escritório, foi fácil convencer os moradores a investir na fonte de canjica de pedra mineira e ter o barulhinho de água por perto. Difícil é tirá-los de lá nos fins de semana.

Plantas como o jasmim-manga e a forração de clorofito correm lateralmente pelos muros para não roubar espaço da área (Foto: Renato Corradi)

Plantas como o jasmim-manga e a forração de clorofito correm lateralmente pelos muros para não roubar espaço da área. A uva-rosa (ou medinila) é uma das espécies que a paisagista Paula Galbi encontrou no jardim, antes de concebê-lo. Ganhou um lugar de destaque, pendurada na pérgola, com as orquídeas (Foto: Renato Corradi)

Verde multiplicado - 38,5 m²
O gramado, que cobria os 38,5 m² deste jardim no Morumbi, em São Paulo, foi reduzido a algumas faixas pela arquiteta Paula Radomille, do escritório Radô Arquitetura. No lugar dele, uma combinação de pedra Goiás, ladrilho hidráulico e madeira itaúba frisada subdivide a área em retângulos e aumenta as opções de lazer. A restrição de verde no chão foi equilibrada pela inclusão de plantas nas paredes. As caixas de zinco com pintura eletrostática marrom têm plantas pendentes, como gerânios e madressilvas.

Em outra parede, Paula aproveitou a estrutura de ferro existente, ampliou o seu tamanho e instalou sob a peça um espelho. Junto a essa estrutura, crescem dois jasmins-estrela, um de cada lado. “O espelho dobra a sensação de verde em jardins pequenos”, afirma Paula. Como os moradores costumam reunir muito os amigos, o espaço fica convidativo com as espreguiçadeiras e com o banco de itaúba instalado ao redor da touceira de bambu-mossô. Lugar bom para uma conversa fiada.

O spa foi rodeado por um deque de madeira itaúba frisada, da Hydrotech. A mesma madeira corre pela parede, na qual foram penduradas caixas de zinco pintadas com espécies pendentes, gerânios e madressilvas, instaladas pela Lavie Paisagismo. As espreguiçade (Foto: Renato Corradi)

O spa foi rodeado por um deque de madeira itaúba frisada, da Hydrotech. A mesma madeira corre pela parede, na qual foram penduradas caixas de zinco pintadas com espécies pendentes, gerânios e madressilvas, instaladas pela Lavie Paisagismo. As espreguiçadeiras completam o conforto (Foto: Renato Corradi)

Na parede, a estrutura de ferro existente foi aumentada e, sob ela, foi colocado um espelho, da Covip Vidraçaria. As placas de pedra Goiás são da Ville Rose Revestimentos. Ao redor da touceira de bambu-mossô, o banco de itaúba é um convite ao descanso. Ainda mais com os futons e as almofadas, concebidos pela designer de interiores Mariana Gibran e executados pela Futon Company com tecidos Regatta. Lanternas L’Oeil.

Cobertura de estar - 50 m²
Ninguém permanecia na área externa de 50 m² desta cobertura no Ipiranga, em São Paulo, até o paisagista Roberto Riscala propor uma mudança radical. Quebrou paredes, trocou o piso, transferiu a churrasqueira para um canto mais reservado – onde montou uma cozinha completa – e, no lugar dela, inseriu uma lareira para os dias frios. “Transformei a cobertura em uma sala de estar externa”, afirma Riscala. Assim como os bancos, a vegetação contribui para o aconchego. Vasos de cerâmica natural e pintada de preto distribuem-se pela área, com camélias, fícus, buxinhos podados, uma cica e uma roseira.

A uniformidade de cor aquece esta cobertura. A cerâmica da Francisco Mazza conversa com o tom de areia da massa acrílica Durite usada nas paredes. Dos dois lados da lareira, há espaço para incluir vasos, além dos que já existem – bálsamo, minimonstera, bromélia nativa e lírio-da-paz. Os bancos foram comprados pela moradora no Embu das Artes (Foto: (Foto: Renato Corradi))

A uniformidade de cor aquece esta cobertura. A cerâmica da Francisco Mazza conversa com o tom de areia da massa acrílica Durite usada nas paredes. Dos dois lados da lareira, há espaço para incluir vasos, além dos que já existem – bálsamo, minimonstera, bromélia nativa e lírio-da-paz. Os bancos foram comprados pela moradora no Embu das Artes (Foto: (Foto: Renato Corradi)

Nas paredes, foram criados painéis de ferro galvanizado que servem para a condução dos jasmins e resedás-amarelos. Nas laterais da lareira, duas bancadas abrigam mais plantas: bálsamos, minimonsteras, bromélias nativas e um lírio-da-paz. Conforme crescem, as plantas transformam a cobertura. Com isso, a relação dos moradores com o jardim fica mais íntima.

Os vasos de cerâmica natural com camélias, fícus e rosas têm a companhia de outros, pintados de preto, com buxinhos podados. A mesma cor aparece nos painéis de ferro galvanizado, da Jardinatto, que conduzem as trepadeiras.