Casas e apartamentos
Apartamento com base neutra destaca peças e mobiliário colorido
Em meio ao branco, os olhos são guiados aos tons que deram sorte à moradora. Com esse olhar poético, o projeto do AR Arquitetos impressiona
2 min de leituraA porta de entrada se abre e o branco invade os olhos, provocando a imaginação. O que vem a seguir é como abrir uma caixa de lápis de cor e escolher as melhores para desenhar os dias. A ideia se materializa em meio a um amplo living, do qual surge um volume de alvenaria e marcenaria com quatro portas. Cada uma revela tons de vermelho, azul, amarelo e branco. Instigante o projeto de autoria dos arquitetos Marina Acayaba e Juan Pablo Rosenberg, do escritório AR Arquitetos. A família da estudante de Arquitetura Marina Secaf, de 20 anos, nem imaginava que teria tanta sorte quando adquiriu o apartamento de 100 m², em São Paulo, para investimento.
Esse é só o começo da história do apartamento Pantone, como eles chamam esse imóvel dos anos 1970, encontrado “completamente detonado, com fios expostos e tudo”, conta Marina Secaf. A reforma foi pensada a fim de prepará-lo para aluguel, e a escolha do escritório AR surgiu após uma boa experiência de amigos. “Não nos conhecíamos, mas eles entenderam de imediato o que queríamos”, diz a estudante sobre as ideias propostas pela dupla: um imenso piso de resina branca sem emendas; um living sem divisões; os ambientes de área molhada concentrados em tons diferentes; e por fim uma mesa de seis metros para trabalhar, comer e receber amigos.
O único quarto se separa da sala por um painel de madeira. Ao lado dele, o banheiro traz ladrilho branco, seguindo a neutralidade do piso, do teto e das paredes. O concreto aparente das vigas e pilares fica exposto, pois revelar a autenticidade da construção, assim como privilegiar formas limpas, é uma marca dos arquitetos. “É um imóvel minimalista, de onde se admira a vista do Jardim Europa pelas janelas originais”, afirma a arquiteta.
Quando ficou pronto, mais sorte. “Inicialmente a ideia era alugar. Mas meus pais amaram tanto que me deixaram morar sozinha nele”, conta Marina Secaf. O apartamento Pantone inaugura uma nova fase para ela. “Aprendi a ser mais organizada. Adoro guardar coisas, mas aqui não dá para fazer bagunça”, ri.