Mait� Proen�a simpatiza com 'Huck presidente' em evento sobre renova��o pol�tica
Mait� Proen�a est� esperan�osa. "S�o idealistas, n�?"
A atriz foi nesta sexta-feira (6) ao lan�amento do Renova Brasil, um "fundo c�vico para a renova��o pol�tica" que se prop�e a bancar cerca de 150 "bolsistas" interessados em disputar elei��es.
Estima-se que o valor varie entre R$ 5.000 e R$ 8.000, a depender da regi�o do pa�s, espelhando a m�dia paga em "programas de trainees".
Na linha de frente dos simpatizantes v�m o apresentador Luciano Huck, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o publicit�rio Nizan Guanaes, o empres�rio Abilio Diniz e o ex-t�cnico de v�lei Bernardinho.
A ideia do Luciano pol�tico, ali�s, � uma que Mait� "gosta muito". Com seu nome na bolsa de apostas para presidenci�vel, o global "tem todos os traquejos, � honesto, saberia fazer", afirma a artista.
J� sobre um amigo comum dos dois, que por pouco n�o virou presidente do Brasil em 2014, Mait� Proen�a prefere silenciar.
"� muito ruim falar dos amigos da gente. Na hora em que pisam nos p�ntanos, a gente tem que se recolher", diz Mait� sobre o senador A�cio Neves (PSDB-MG), cujo afastamento do cargo ap�s den�ncias de corrup��o virou fonte de atritos entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal.
Mas Mait� n�o quer falar de A�cio. Aposta suas fichas, agora, em "gente fazedora" que venha da sociedade civil. "Parece ser o caminho que nos sobrou".
O empres�rio Eduardo Mufarej se diz disposto a pavimentar essa via c�vica, como diz no Campus Google em S�o Paulo. Ele apresenta seu Renova Brasil como uma iniciativa capaz de formar quadros hoje exclu�dos do tabuleiro pol�tico "por falta de estrutura". "� como se eles tivessem que escalar um Everest, enquanto o outro est� andando de carro na rodovia dos Imigrantes".
Escancarado fica o apre�o do grupo por certos movimentos (MBL, Acredito, Vem Pra Rua) e partidos (Novo, Rede), que t�m seus logos estampados no tel�o.
SUSPENS�O
Antes da apresenta��o, Mufarej –s�cio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educa��o S.A.– rebate um pedido de investiga��o contra seu ainda inativo fundo, feito pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) � procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge.
O petista questiona os "reais objetivos" do projeto e defende sua suspens�o, por acreditar que ele � uma forma de driblar o veto a doa��es de empresas a campanhas eleitorais. A proibi��o, de 2015, partiu do Supremo.
Bobagem, diz Mufarej. "N�o � financiamento de jeito nenhum. A gente est� apresentando hoje o projeto. Achei inusitado que j� tem quem queira investig�-lo".
O que � o Renova Brasil ent�o, nas palavras de seu idealizador: a forma��o de lideran�as que eventualmente queiram se candidatar.
Esta "academia de forma��o", com funcionamento previsto para o per�odo de janeiro a junho de 2018, contar� com "blending learning" (sistema de ensino semipresencial) e mat�rias eletivas (em campos como seguran�a p�blica e educa��o), segundo o empres�rio.
Ser� um "coaching" para novos l�deres –que precisam ter 21 anos ou mais, ficha limpa e zero mandato nas costas.
Uma das candidatas ao processo seletivo para ganhar a Bolsa Elei��o � Carla Zambelli, capit� do Nas Ruas, movimento que lutou pelo impeachment de Dilma Rousseff.
A ne�fita eleitoral se filiou dias atr�s ao Partido Novo e est� de olho na C�mara dos Deputados. "O que tinha para fazer aqui fora j� se esgotou", diz, balan�ado a pulseira de mi�angas que formam a bandeira brasileira.
QUEM S�O?
Dois jovens concorrentes falaram � plateia no Google, exato um ano antes das elei��es de 2018.
Com diploma de Yale (rela��es internacionais), Daniel Oliveira, 29, tamb�m � do Novo. Diz ter vindo de "uma realidade muito simples", ca�ula de 11 irm�os e filho de uma ex-diarista que hoje estuda para o Enem. "Minha m�e ficou mais assustada [com a ambi��o pol�tica] do que quando fui trabalhar com refugiados no Oriente M�dio".
Alessandra Monteiro, 31, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de S�o Paulo tr�s anos atr�s, pelo PSB. Os 16 mil votos n�o bastaram.
Agora na Rede, ela conta que seu despertar pol�tico envolve um dia chuvoso em que ficou encharcada num ponto de �nibus sem telhado. "De saltinho", foi "um caos chegar no trabalho" naquelas condi��es. "Precisava ter teto [na parada]. Nesses momentos, a gente come�ar a pensar em como a pol�tica impacta sua qualidade de vida, sim".
Empolgada com o mote "renova��o", Mait� Proen�a discorria sobre a debacle brasileira no caf� da manh� que antecedeu o evento, � base de p�o de queijo, bombinhas de chocolate e suco de caixa.
Seja por "falta de conhecimento, pregui�a ou conforto", a sociedade civil n�o pode se eximir da responsabilidade, diz. "A gente n�o sabe votar, a gente que botou essa gente l�. A culpa � nossa! A gente colocou essa gente ali!"
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