Palocci fere narrativa de persegui��o usada por Lula, diz Ciro
Alan Marques/Folhapress | ||
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Ciro Gomes disse que depoimento de ex-ministro petista foi 'pancada forte' em Luiz Inacio Lula da Silva |
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, afirmou nesta ter�a-feira (12) que o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci foi uma "pancada forte", pois fere a narrativa de persegui��o que vinha sustentando a defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
"Fere o centro da narrativa de Lula e do PT, de que h� um inimigo externo ao PT promovendo, via judicial, uma persegui��o injusta contra o presidente", disse Ciro durante congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) em Belo Horizonte.
"Na medida em que um bra�o direito de Lula faz isso, fica dif�cil sustentar a narrativa e atribuir a inimigos, agora a narrativa j� evolui para que o Palocci estaria mentindo para obter favores da dela��o."
No �ltimo dia 6, Palocci afirmou ao juiz Sergio Moro que Lula avalizou o pagamento de R$ 300 milh�es em propinas da Odebrecht ao PT entre o final de seu governo (2003-2010) e os primeiros anos do governo Dilma.
Ciro afirmou querer supor que Lula � inocente. "Me d�i no meu cora��o imaginar um homem como o Lula, que prestou servi�os t�o importantes para o pa�s, ser condenado por ladroagens vulgares", disse.
O ex-ministro, que chefiou a pasta da Integra��o Nacional durante o governo Lula, disse, por�m, que ainda que seja inocente nos casos de corrup��o, o petista n�o pode se afastar da responsabilidade pol�tica por ter nomeado acusados de desvios.
"H� uma responsabilidade politica flagrante. Sabe essa montanha de dinheiro no apartamento do [ex-ministro] Geddel Vieira Lima [PMDB]? Esse dinheiro foi roubado do povo brasileiro durante o governo Lula e Dilma [Rousseff], porque ele nomeou Geddel ministro da Integra��o Nacional. Dilma nomeou Geddel vice-presidente da Caixa Econ�mica Federal."
Ciro disse ainda que caber� ao povo dizer se Lula ainda tem chances para 2018. "Quando o povo olha para a pol�tica, a sensa��o � de que todo mundo � igual, ent�o cabe distinguir por quem fa�a alguma coisa por ele, e o Lula de fato fez muita coisa pelo povo brasileiro."
"A exig�ncia moral, para o povo, n�o distingue mais ningu�m, o que � uma trag�dia", completou.
REP�BLICA DE DEDOS-DUROS
A respeito da reviravolta na dela��o da JBS, Ciro afirmou que a pris�o de Joesley Batista corrige "o esc�rnio do povo de assistir g�ngsteres passeando em Nova York e gozando de impunidade".
"O que esses bandidos da JBS fizeram n�o merece a imunidade que foi dada precipitadamente pelo [procurador-geral da Rep�blica] Rodrigo Janot", disse.
Ciro afirmou ainda que a dela��o premiada � algo novo na legisla��o brasileira. "Estamos experimentando isso e transformamos a Rep�blica brasileira na Rep�blica do dedo-duro."
Para o pr�-candidato, a �nica sa�da para a crise est� nas elei��es 2018 e, at� l�, Michel Temer (PMDB) seguir� na Presid�ncia, j� que sua sa�da depende da C�mara "que j� se provou corrupta e j� se vendeu".
Sobre o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), que tamb�m � pr�-candidato, Ciro disse que o tucano s� ser� eleito "se o povo brasileiro estiver com uma compuls�o suicida, porque parte do que estamos pagando deve-se � inexperi�ncia da Dilma".
A respeito de alian�as para o PDT nas elei��es e em Minas Gerais, Ciro disse que s� veta a parceria com o PMDB, "que virou uma quadrilha".
MONSTRENGO
Ciro comentou ainda a reforma trabalhista, tema central no congresso da CSB iniciado nesta ter�a, classificando-a de "monstrengo selvagem que devolve o trabalho a um valor de commoditie".
O ex-ministro afirmou que pretende revogar a reforma se for eleito, mas que a legisla��o trabalhista brasileira deve sim ser modernizada e adaptada �s novas rela��es de trabalho modernas.
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