O presidente Jair Bolsonaro (PSL) caminhou pelas ruas de Pequim nesta sexta-feira (25) à noite —manhã no Brasil— até um dos shoppings da cidade conhecido como The Place.
Cheia de lojas ocidentais e painéis de neon de propaganda, a região é uma das faces do consumo na China e do viés capitalista do país.
Quando chegou a Pequim, ao ser questionado sobre a preocupação de parte de seus eleitores por ele visitar uma nação comunista, Bolsonaro disse que estava num país “capitalista”.
Ao visitar a Muralha da China —um dos sítios históricos do país— Bolsonaro preferiu não ser acompanhado pela imprensa. O local estava todo enfeitado com bandeiras vermelhas.
No passeio pelo shopping a céu aberto, o presidente esteve nas lojas das marcas Adidas, Jordan e Uniqlo, que vendem artigos esportivos e de moda jovem.
Na grife japonesa Uniqlo, ele só entrou após ouvir que a empresa era reconhecida pelo preço baixo. Já na loja da Adidas, o presidente observou alguns produtos, incluindo um blusão verde, que disse ser "verde Palmeiras", mas não comprou nada.
Mais cedo, ele presenteou o dirigente Xi Jinping com um agasalho do Flamengo e disse que a equipe é a "melhor da atualidade".
Os chineses olhavam espantados para a comitiva presidencial e as câmeras dos repórteres. Apenas um estrangeiro o reconheceu e disse após um instante de dúvida: “Claro, é o presidente do Brasil”.
Bolsonaro disse que caminharia “para fazer a digestão” após o jantar de gala com Xi no Grande Salão do Povo.
O menu foi creme de cogumelos, tofu, costela de cordeiro e garoupa. Pouco afeito a peixe, o presidente brasileiro comeu pouco e disse que macarrão instantâneo o esperava no quarto. “Eu estava esperando a sobremesa e, quando chegou, era feito de peixe”, brincou.
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