Macron deve ter maioria parlamentar mais forte desde 1968, diz pesquisa
O partido do centrista e presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, deve conquistar a mais forte maioria parlamentar do pa�s desde a vit�ria de Charles de Gaulle em 1968, indicou nesta ter�a-feira (6) uma pesquisa de inten��o de voto para as elei��es legislativas.
Uma maioria de tal propor��o daria ao governo de Macron um mandato forte para avan�ar com suas reformas econ�micas, come�ando por uma revis�o favor�vel �s empresas das leis trabalhistas na Fran�a.
O partido de Macron, a Rep�blica em Frente! (LREM) –que n�o existia h� um ano e que virou o cen�rio pol�tico franc�s de cabe�a para baixo– teria 29,5% dos votos no primeiro turno de 11 de junho, segundo a pesquisa Ipsos Sopra-Steria.
Com uma vantagem s�lida frente aos outros partidos, o LREM conquistaria entre 385 e 415 cadeiras das 577 dispon�veis na C�mara dos Deputados no segundo turno, em 18 de junho.
Os n�meros representam n�o apenas a maioria mais significativa apontada por uma pesquisa para a elei��o desde que Macron ganhou a presid�ncia, mas tamb�m a mais forte desde que os eleitores se uniram para apoiar o ex-presidente e her�i de guerra De Gaulle em 1968, depois de um per�odo de revoltas estudantis e greves gerais nacionais.
Em maio, Macron tomou posse como presidente da Fran�a e afirmou que pretende devolver a confian�a ao pa�s e relan�ar a Uni�o Europeia. "A Europa de que necessitamos ser� reformada e relan�ada, j� que nos protege", disse.
A vit�ria do candidato de centro foi vista como um freio � ascens�o do populismo de direita anti-Uni�o Europeia, representado na Fran�a pela rival de Macron no segundo turno, Marine Le Pen, da Frente Nacional.
CORRUP��O
Um dos trunfos de Macron, que pode explicar as boas perspectivas eleitorais, foi ter formado um governo bastante diverso ap�s tomar posse. Ele nomeou o conservador �douard Philippe como seu primeiro-ministro.
O gabinete inclui socialistas e conservadores, misturados a membros da sociedade civil sem experi�ncia na pol�tica. H� tamb�m igualdade entre homens e mulheres.
Por outro lado, o presidente enfrenta a mesma maldi��o de seus antecessores: den�ncias de corrup��o contra membros de seu governo. J� s�o dois os ministros acusados de irregularidades.
Marielle de Sarnez teria empregado um assessor parlamentar de maneira ilegal. Richard Ferrand, que coordenou a campanha de Macron � Presid�ncia, teria se beneficiado de uma transa��o ilegal no mercado imobili�rio.
O governo defende por ora ambos os ministros, que negam as irregularidades.
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