Ap�s ataque em Paris, Fran�a mobiliza for�as de seguran�a para elei��o
Christian Hartmann/Reuters | ||
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Policial guarda a avenida Champs-�lys�es, em Paris, ap�s tiroteio |
O governo da Fran�a anunciou nesta sexta-feira (21), um dia ap�s um atirador matar um policial no centro de Paris, que suas for�as de seguran�a foram completamente mobilizadas para o primeiro turno da elei��o presidencial, marcado para domingo (23).
"Nada deve poder impedir o processo democr�tico fundamental do nosso pa�s", disse o primeiro-ministro Bernard Cazeneuve ap�s uma reuni�o de emerg�ncia de seu gabinete.
As autoridades francesas t�m tratado o ataque contra as for�as de seguran�a como um ato de "natureza terrorista". O pa�s est� em estado de emerg�ncia desde novembro de 2015, quando a fac��o radical Estado Isl�mico (EI) coordenou ataques que deixaram 130 mortos na capital francesa.
O atirador que matou um policial e feriu duas pessoas na quinta-feira (20) na Champs-�lys�es, uma das regi�es ic�nicas da capital, havia sido detido temporariamente em fevereiro por fazer amea�ar � pol�cia, informou nesta sexta a ag�ncia de not�cias Associated Press.
O atirador foi morto no local. Em seu carro, foram encontrados um rifle e facas. Segundo a ag�ncia de not�cias Reuters, a pol�cia deteve tr�s familiares do suspeito ap�s o ataque.
De acordo com a ag�ncia de not�cias France Presse, uma carta em defesa do EI foi encontrado pr�ximo ao corpo do atirador. A mil�cia reivindicou a autoria do ataque, mas n�o h� confirma��o de envolvimento direto dela no incidente.
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As autoridades identificaram o atirador como Karim Cheurfi, um cidad�o franc�s de 39 anos com hist�rico criminal.
Segundo o jornal "Le Figaro", o suspeito j� havia sido condenado em 2005 por tr�s tentativas de homic�dio, duas delas contra policiais. Ele teria admitido sua conduta durante os recursos.
O presidente Fran�ois Hollande visitou nesta sexta-feira um policial que ficou ferido no atentado. Hollande desistiu de buscar a reelei��o no pleito de domingo devido a sua impopularidade.
CAMPANHA
O ataque no centro de Paris lan�ou incertezas sobre a corrida presidencial da Fran�a, que est� em sua reta final.
Da meia-noite de s�bado (22) at� o encerramento das urnas no domingo, est�r� proibido fazer campanha ou publicar pesquisas de inten��o de voto. O segundo turno da elei��o ocorrer� em 7 de maio.
Os principais candidatos � Presid�ncia fizeram declara��es sobre o atentado em Paris e cancelaram eventos de campanha que fariam durante o dia.
ELEI��O NA FRAN�A - Pesquisa de inten��o de voto no 1� turno, em %
O centrista Emmanuel Macron, l�der nas pesquisas, disse nesta sexta-feira que a Fran�a "n�o deve ceder ao medo" e � "intimida��o". "A democracia � mais forte", afirmou.
O conservador Fran�ois Fillon, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas, adotou um tom mais r�gido, refletindo seu programa linha-dura para a seguran�a. "O radicalismo isl�mico est� amea�ando nossos valores (...) Estamos em guerra, n�o h� alternativa, somos n�s ou eles."
J� a ultradireitista Marine Le Pen, conhecida por sua ret�rica xen�foba e anti-imigra��o, reagiu ao atentado em Paris pedindo o fechamento das fronteiras do pa�s. "Precisamos de uma Presid�ncia que aja e nos proteja", afirmou.
Pouco depois, o primeiro-ministro Cazeneuve acusou Le Pen de se referir ao ataque para se beneficiar politicamente, "explorando o medo sem ter qualquer vergonha". Ele tamb�m disse que n�o h� ind�cios de rela��o entre o incidente e a imigra��o.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta no Twitter que o ataque em Paris ir� afetar as elei��es. "Mais um ataque terrorista em Paris. O povo da Fran�a n�o vai tolerar mais isso. Ter� um grande efeito na elei��o presidencial!", escreveu.
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