Juan Manuel Santos dedica Nobel da Paz ao 'sofrido' povo colombiano
Ap�s ser declarado vencedor do Pr�mio Nobel da Paz de 2016, o presidente colombiano, Juan Mauel Santos, disse que o pr�mio � um "grande est�mulo" para a constru��o da paz na Col�mbia.
"Recebo [este pr�mio] com grande emo��o", disse Santos em entrevista � Funda��o Nobel publicada nesta segunda-feira (7) nas redes sociais.
Guillermo Legaria-5.set.2016/AFP Photo | ||
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Juan Manuel Santos d� entrevista no Pal�cio de Nari�o, sede da Presid�ncia colombiana |
"Recebo este pr�mio em seu nome: o povo colombiano que sofreu tanto por esta guerra", afirmou. "Especialmente os milh�es de v�timas que sofreram nesta guerra � qual estamos prestes a p�r fim."
"Sou eternamente grato", declarou o presidente, agraciado com o Nobel da Paz por ter liderado as negocia��es para encerrar o conflito com as Farc (For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia). A guerra se arrasta por mais de cinco d�cadas e j� deixou mais de 200 mil mortos.
A not�cia da vit�ria do presidente colombiano foi recebida com alguma surpresa, pois suas negocia��es foram rejeitadas durante o domingo (2) em um referendo na Col�mbia, enfraquecendo sua posi��o pol�tica e colocando em d�vida a viabilidade da paz.
O pr�mio foi revelado quando ainda era madrugada na Col�mbia. Programas de r�dio matinais noticiaram com furor a entrega do pr�mio ao presidente do pa�s.
REPERCUSS�O
�lvaro Uribe, ex-presidente da Col�mbia e l�der da campanha pelo "n�o" ao acordo de paz com as Farc, parabenizou seu rival Santos pelo pr�mio.
"Parabenizo o presidente Santos pelo Nobel e desejo que [o pr�mio] provoque mudan�as em acordos nocivos � democracia", disse Uribe no Twitter.
Considerado grande vitorioso do plebiscito que rejeitou o acordo de paz, Uribe deve ser decisivo nos pr�ximos passos do processo de negocia��o com as Farc.
O l�der das Farc, Rodrigo "Timochenko" Londo�o, congratulou o presidente Santos por ter vencido o Nobel da Paz.
No Twitter, o guerrilheiro disse que a "paz teria sido imposs�vel" sem os esfor�os de Santos e dos representantes de Cuba, Noruega, Chile e Venezuela que participaram das negocia��es.
A ex-ref�m das Farc Ingrid Betancourt disse que a guerrilha tamb�m merecia ter recebido o Nobel da Paz.
Ao ser questionada, em entrevista por telefone � emissora francesa I-T�l�, se tamb�m mereciam a condecora��o os guerrilheiros que a mantiveram em cativeiro na selva colombiana entre 2002 e 2008, Betancourt respondeu, emocionada: "Para mim � muito dif�cil dizer que sim, mas acredito que sim".
O secret�rio-geral da ONU (Organiza��o das Na��es Unidas), Ban Ki-moon, disse que a decis�o de dar o Nobel da Paz a Santos traz "esperan�a e alento".
"[O processo de paz na Col�mbia] foi longe demais para retroceder agora", disse Ban, referindo-se � derrota nas urnas do acordo com as Farc. "Deveria inspirar nosso mundo."
Vencedora do Nobel da Paz em 2014, a jovem paquistanesa Malala Yousafzai congratulou Santos, afirmando que o mundo precisa de "l�deres valentes".
"Dou as boas vindas [a Santos] aos laureados do Nobel", disse Malala, 19, reconhecida por sua luta pelo direito das garotas � educa��o no Paquist�o. "Em um ano com tanta viol�ncia, perdas e desesperan�a, o presidente Santos nos lembra que devemos trabalhar para acabar com o sofrimento e nunca renunciar � paz."
Por meio de seu porta-voz, a chanceler alem�, Angela Merkel, parabenizou Santos pela conquista do Nobel da Paz, dizendo que ele � um "homem com vis�o para seu pa�s".
O chefe da ag�ncia da ONU para refugiados (Acnur), Filippo Grandi, disse que a entrega do Nobel da Paz a Santos � um reconhecimento de sua "vontade pol�tica".
Grandi lembrou que o conflito na Col�mbia produziu a "maior situa��o de deslocamento interno" no mundo, tendo expulsado de suas casas mais de 7 milh�es de pessoas.
O porta-voz do escrit�rio da ONU para direitos humanos (Acnudh), Rupert Colville, disse esperar que o pr�mio d� um "impulso" ao processo de paz.
O grupo de volunt�rios Capacetes Brancos, que atua na S�ria e era um dos favoritos ao Nobel da Paz em 2016, parabenizou santos nas redes sociais e afirmou que "sinceramente deseja paz" ao povo da Col�mbia.
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