Mas o estatuto da organização social, firmado em outubro do ano passado, prevê, além do diretor geral, Marcos Mendonça, uma diretoria composta por um diretor cultural do MIS, um diretor cultural do Paço das Artes, além de um diretor de gestão e finanças. Nenhum dos cargos está ocupado no momento.
Em nota, a Organização Social Ciccillo Matarazzo afirmou cumprir com rigor seu estatuto. Ponderou que, em caso de vacância parcial ou definitiva de um dos postos da diretoria, as atribuições do cargo serão repassadas ao diretor geral.
Também em nota, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa afirmou que a OS está realizando um processo de seleção para encontrar o substituto de Yumi, que respondia pelas três instituições. "A verdade é que não há 'crise' ou 'desmonte'. O que há é elevação de investimento, expansão de atividades e aumento de público."
Enquanto isso, consta no expediente do MIS um cargo de diretor técnico –não previsto no estatuto– ocupado por Gil Costa, uma indicação de Mendonça. "Esse cargo não é estatutário. E o profissional citado exerce suas funções com excelente desempenho e dedicação, tanto que recebeu uma promoção por seus méritos", diz a nota da OS.
Com uma intensa rotina de obras, o prédio do MIS apresenta falhas. Durante reformas para aumentar o espaço expositivo, no fim de fevereiro, ocorreu um vazamento de esgoto dos banheiros, danificando itens do acervo.
Como forma de protesto, funcionários da reserva técnica chegaram a exibir vinis danificados, como se estivessem numa exposição. A organização social afirma que o vazamento foi provocado pelo "rompimento de uma tubulação de mais 50 anos" e que os danos, todos pequenos, já foram reparados. Com a crise, a programação das três instituições é cumprida aos trancos e barrancos.
Nem sempre foi assim. O MIS se notabilizou por mostras que atraíram grande público. Foram os casos dos sucessos de "Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição", de 2015, e "John Lennon em Nova York por Bob Gruen", exibida no ano passado.
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