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Poder

A�cio defende pr�vias para ampliar press�o sobre Serra

Rivais dizem aceitar elei��o interna para definir candidato do PSDB em 2014

Senador mineiro tem controle do partido, mas ex-governador quer concorrer mais uma vez � Presid�ncia

DE BRAS�LIA DE S�O PAULO

O senador mineiro A�cio Neves, presidente do PSDB, e o ex-governador paulista Jos� Serra defenderam ontem a realiza��o de pr�vias internas no partido para escolher o candidato dos tucanos na corrida presidencial de 2014.

A�cio, que em maio assumiu o controle da m�quina partid�ria e come�ou a construir sua candidatura � Presid�ncia da Rep�blica, afirmou que apoiar� a realiza��o de pr�vias se elas forem solicitadas por algum concorrente.

Serra, que perdeu duas elei��es presidenciais para o PT e vem indicando que gostaria de concorrer novamente no ano que vem, disse na semana passada que seria "extravagante" o partido n�o realizar pr�vias se houver mais de um candidato, e ontem voltou a defend�-las.

Em entrevista em Bras�lia, A�cio fez quest�o de alfinetar o rival, dizendo que "sa�da" os tucanos que "evolu�ram de posi��o", numa refer�ncia ao embate que teve com Serra pela mesma raz�o em 2009, quando se preparavam para a campanha eleitoral de 2010.

Na �poca, Serra tinha o apoio da c�pula partid�ria para se lan�ar pela segunda vez candidato a presidente e A�cio defendia publicamente a realiza��o de pr�vias, que acabaram n�o ocorrendo. "Eu n�o mudei de opini�o", afirmou o senador mineiro.

Serra n�o acusou o golpe. "Sempre defendi pr�vias", disse o ex-governador � Folha. "Fui a favor de pr�vias em 2009 e 2010, e disputei uma em 2012, para ser candidato a prefeito [de S�o Paulo]."

ASFIXIA

Isolado no PSDB, Serra tem considerado a possibilidade de mudar de partido para se candidatar novamente ao Pal�cio do Planalto e tem discutido o assunto com o PPS.

Al�m do desgaste que sua sa�da criaria para o partido que ajudou a fundar, as pesquisas eleitorais mostram que uma candidatura de Serra dividiria o eleitorado tucano, prejudicando A�cio.

O objetivo principal de A�cio, cuja decis�o de apoiar pr�vias foi antecipada pelo jornal "O Globo", � evitar os danos que seu projeto poderia sofrer se Serra decidisse se candidatar por outra sigla.

Sem as pr�vias e asfixiado dentro do partido, Serra teria o discurso ideal para romper com os tucanos e mudar de legenda. Com as pr�vias, ele teria que buscar outra justificativa para deixar a sigla.

Al�m disso, ao se mostrar disposto a enfrentar pr�vias, A�cio procura dar uma demonstra��o de confian�a na sua capacidade de vencer a disputa, apesar dos riscos que corre com a exposi��o das divis�es entre os tucanos.

H� ainda um terceiro fator: ao defender as pr�vias, A�cio amplia a press�o para que Serra defina logo se ficar� no PSDB ou sai do partido. Se quiser concorrer em 2014 pelo PPS, a legisla��o o obriga a deixar o PSDB at� outubro.

Apesar de n�o assumir sua candidatura presidencial, Serra tem percorrido o pa�s para conversar com aliados. A�cio, por sua vez, tem buscado se fortalecer especialmente em S�o Paulo, maior reduto dos aliados de Serra.

A pesquisa eleitoral mais recente do Datafolha mostra que Serra teria ligeira vantagem sobre A�cio se a elei��o fosse hoje. Embora ele seja mais conhecido do eleitorado, sua rejei��o � muito maior que a do senador mineiro.

Pe�a chave na disputa interna, o governador paulista, Geraldo Alckmin, defendeu a realiza��o das pr�vias em conversas com A�cio e Serra. Os aliados de Serra contam com o apoio de Alckmin se o partido convocar pr�vias.

O governador, que ser� candidato � reelei��o em 2014 e perdeu popularidade com os protestos de junho, tem interesse em manter Serra ao seu lado, porque precisa do capital eleitoral acumulado pelo antecessor em S�o Paulo.

Al�m do apoio do Alckmin, aliados de Serra afirmam que, se houver pr�vias, teriam que batalhar para ampliar ao m�ximo o col�gio eleitoral. Mais do que s� filiados, eles acreditam que Serra poderia ser beneficiado se fosse permitido que "simpatizantes" do partido pudessem votar.

Para se contrapor � press�o dos serristas, A�cio vem trabalhando para ampliar sua influ�ncia em S�o Paulo. Ele passar� a visitar o Estado de dez em dez dias. Na pr�xima semana, ter� encontro com deputados estaduais.

Mas a agenda interna n�o ser� descolada da agenda de candidato, embora A�cio tamb�m n�o tenha assumido ainda que � candidato ao Pal�cio do Planalto.


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