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Di�rio da ex-URSS

Diplomacia da bola me deixou entrar na regi�o

DO ENVIADO � TRANSN�STRIA

Regi�o fora das rotas tur�sticas europeias, a Transn�stria tem sido evitada por viajantes devido � dificuldade de cruzar uma fronteira n�o reconhecida onde nenhuma regra est� escrita. S�o v�rios relatos de estrangeiros obrigados a subornar os funcion�rios da imigra��o.

Tentando evitar problemas, contatei o jogador baiano Fred Nelson de Oliveira. A diplomacia da bola deu certo: na hora de cruzar a Transn�stria vindo da Ucr�nia por uma estrada mal conservada, bastou citar seu nome para que fosse autorizado a entrar.

Filho de microempres�rios de Salvador, Fred � dos poucos negros em Tiraspol. Chegou h� quatro anos, contratado pelo Sheriff quando atuava no Engenheiro Beltr�o (PR).

Ajudado por um namoro de um ano e meio com uma menina da cidade, Fred j� fala russo. "Quando n�o sei uma palavra, acho algu�m que fala moldavo [romeno, l�ngua de origem latina]."

Fred come�ou jogando no Sheriff, mas agora est� no Tiraspol, menos badalado. Ambos pertencem � mesma empresa, disputam o Campeonato da Moldova e t�m mais dois brasileiros no plantel, com sal�rios em torno de R$ 9.000.

Os jogos do Tiraspol costumam atrair cerca de 200 torcedores, conta Fred. "A regi�o � muito pobre. Isso aqui n�o � Europa."

Com Fred de tradutor, localizei um apartamento para alugar por R$ 70, num bloco em estilo sovi�tico.

O isolamento da regi�o � t�o grande que Fred pensou se tratar de um trote quando lhe telefonei. Em quatro anos, nunca havia falado com um jornalista brasileiro.

(FM)

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