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Balan�a comercial neste ano volta a ficar negativa
RENATA AGOSTINI DE BRAS�LIAA queda nas exporta��es e o aumento das compras de combust�veis no exterior fizeram com que a balan�a comercial brasileira voltasse a ficar negativa no ano. O rombo at� setembro � de US$ 690 milh�es.
No m�s passado, as importa��es superaram as exporta��es em US$ 939 milh�es, informou nesta quarta (1�) o Mdic (Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior).
Ap�s oito meses no vermelho, a balan�a comercial havia ficado finalmente positiva no ano em agosto gra�as � exporta��o "artificial" de uma plataforma de petr�leo da Petrobras. Trata-se de uma opera��o legal, mas apenas cont�bil, j� que o equipamento n�o chega a sair do pa�s.
Sem tal ajuda em setembro, o desempenho fraco do pa�s no exterior voltou a aparecer. As vendas ficaram 10,2% abaixo do mesmo m�s de 2013, pela m�dia di�ria.
Houve queda em todos os segmentos. No caso dos b�sicos, que ca�ram 15%, influenciaram a redu��o nos pre�os de produtos como min�rio de ferro e milho e a menor antecipa��o das compras de soja pela China, que, no passado, impulsionaram as vendas de setembro.
J� os manufaturados continuam sofrendo com a baixa demanda da Argentina. No m�s passado, a queda nos embarques para o pa�s vizinho foi de quase 40% --a maior parte das exporta��es � de manufaturas.
A redu��o no ano � tamanha que a Argentina perdeu o posto de principal destinos dos produtos manufaturados brasileiros, que ocupava h� cinco anos.
Desde julho, os Estados Unidos, para onde as vendas est�o subindo, passaram a ser os maiores compradores desses bens.
"O peso da Argentina � grande: 77% da queda das exporta��es de manufaturados este ano est� relacionada � Argentina", afirmou Roberto Dantas, diretor do Departamento de Estat�stica e Apoio � Exporta��o.
No ano, o mercado americano � um dos poucos onde o Brasil conseguiu expandir as vendas. Al�m da Argentina, houve queda para a China, o Mercosul, a Uni�o Europeia, o Oriente M�dio e a �frica.
Segundo Dantas, as medidas de incentivo anunciadas pelo governo nesta semana, entre elas o aumento da al�quota do programa tribut�rio Reintegra, s� ter�o efeito nas vendas da ind�stria no ano que vem.
COMBUST�VEIS
N�o bastasse o fraco desempenho das exporta��es, as compras externas de combust�veis e lubrificantes aumentaram quase 50% em setembro, impulsionando as importa��es totais.
Houve decr�scimo nas compras de bens de consumo, mat�rias-primas e intermedi�rios e bens de capital.
O governo segue apostando num saldo "pequeno", mas positivo no ano. A principal aposta � que a produ��o de petr�leo crescer�, aumentando as exporta��es.
Na avalia��o do Mdic, o desaquecimento da economia tamb�m ajudar� a inibir as importa��es.
"Temos a quest�o do efeito da revis�o para baixo do PIB [Produto Interno Bruto]. Pode ter algum efeito da importa��o. Com menor atividade, h� redu��o nas compras", disse Dantas.