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Cotidiano

Com PM, roubos e furtos em campus da USP sobem 55%

Casos na Cidade Universit�ria passaram de 60 em 2012 para 93 at� setembro deste ano

Conv�nio n�o deu certo, afirma chefe da seguran�a; para PM, maior atua��o depende da universidade

LEANDRO MACHADO PEDRO IVO TOM� DE S�O PAULO

Mesmo com a presen�a da Pol�cia Militar na Cidade Universit�ria, no Butant� (zona oeste), a USP registrou aumento de 55% nos roubos e furtos --incluindo de ve�culos-- em 2014 em rela��o a 2012, primeiro ano ap�s a entrada em vigor de conv�nio prevendo PMs no campus.

O crescimento dos �ndices vem ocorrendo ao menos desde 2010 e se manteve mesmo com a presen�a dos policiais no campus. At� setembro deste ano, foram registrados 93 casos, ante 60 em todo 2012, segundo a USP. Em 2013, houve 72 registros.

O conv�nio, que vence em 2015, foi assinado em setembro de 2011, dois meses e meio ap�s o estudante Felipe de Paiva, 24, ter sido assassinado em um estacionamento do campus durante um assalto.

Parte dos alunos, professores e funcion�rios da universidade sempre contestou a presen�a da Pol�cia Militar no campus. Estudantes temiam, por exemplo, n�o poder se manifestar dentro da USP.

A seguran�a no campus foi criticada no m�s passado ap�s o estudante Victor Hugo Santos, 20, ter sido encontrado morto na raia ol�mpica. O caso segue sob investiga��o e h� suspeitas de que o corpo tenha sido jogado ali.

No �ltimo domingo (28), a remadora Bianca Miarka, 32, foi assaltada e espancada por dois homens em um dos port�es da universidade, quando chegava para disputar o campeonato brasileiro de remo. O caso est� nessas estat�sticas.

Para Ana L�cia Pastore Schritzmeyer, professora de antropologia que assumiu neste ano a chefia da seguran�a da USP, o acordo com a pol�cia n�o deu certo. Os crimes, diz ela, poderiam ser evitados se houvesse mais investiga��o dos casos.

"A quest�o da repress�o [policial] se deu de forma desastrosa. A pol�cia come�ou a entrar no campus para fazer abordagem de todo tipo, inclusive de pessoas que circulavam pelo campus sem qualquer atitude que poderia ser considerada suspeita", diz.

Segundo ela, o ideal seria que o efetivo da guarda universit�ria fosse maior. Hoje, s�o 55 vigias que andam desarmados e n�o t�m dever de atuar como a PM nos crimes.

O policiamento � feito ainda por uma base comunit�ria e por PMs do 16� batalh�o, vizinho � Cidade Universit�ria.

Frederico Castelo Branco, do N�cleo de Estudos da Viol�ncia da USP, afirma que o problema de seguran�a no campus est� no contexto do que acontece na cidade. Em agosto, a capital registrou a 15� alta consecutiva de roubos.

Ele defende que uma divulga��o mais detalhada das estat�sticas pode mostrar os locais com mais crimes e ajudar a entender o problema.

A universidade afirma que pretende aumentar o monitoramento eletr�nico no campus, instalando mais c�meras.

A Secretaria de Seguran�a P�blica n�o informou se tem dados de crimes cometidos na Cidade Universit�ria.

Segundo a PM, de janeiro a agosto deste ano, 214 pessoas foram presas em flagrante e 9 adolescentes, apreendidos no campus. Disse ainda que "a maior atua��o do policiamento dentro do campus depende da USP".


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