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Paliativa, medida contra empresas 'esconde' falhas em regula��o
CL�UDIA COLLUCCI DE S�O PAULOA suspens�o de planos de sa�de pelo governo � medida paliativa que passa longe de um ponto crucial: as falhas de regula��o da ANS.
Afinal, � a mesma ag�ncia que autoriza o registro e a venda de planos ruins e, depois, os pune.
� como um cachorro correndo atr�s do pr�prio rabo, compara o professor da USP M�rio Scheffer, pesquisador da �rea de sa�de privada.
Ao mesmo tempo em que estipula prazos de atendimento, a ANS habilita planos baratos, com poucos especialistas e um n�mero insuficiente de servi�os diagn�sticos, cl�nicas e hospitais.
Ou algu�m tem ilus�o de que um plano que cobra R$ 100 mensais v� oferecer um servi�o de qualidade?
Algumas operadoras, por sua vez, usam artimanhas que j� v�m sendo investigadas pelo Minist�rio P�blico Federal. Quando autuadas pela ANS, chegam a mudar de nome ou passam a vender planos com outros "r�tulos" para continuar no mercado.
Uma das sa�das para melhorar a regula��o poderia ser a ANS fixar um n�mero de especialistas e leitos por associado. Isso evitaria que as operadoras expandissem a clientela al�m da capacidade, como acontece hoje.
O atendimento na rede privada � cada vez mais parecido com o do SUS, com filas e empecilhos para marcar consultas e exames.
H� tempos que entidades de defesa do consumidor tamb�m pedem medidas mais en�rgicas contra as empresas, incluindo a suspens�o da totalidade dos planos da operadora --e n�o s� de alguns produtos-- e o afastamento de dirigentes.
� ineg�vel a import�ncia de algumas medidas adotadas pela ANS, como estabelecer prazos para consultas e exig�ncia de justificativa por escrito de negativas de cobertura em at� 48 horas.
Mas parece �bvio que algo a mais precisa ser feito para punir operadoras que vendem reiteradamente gato por lebre.
