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Cotidiano

�rea de prote��o � aprovada para praias de S�o Sebasti�o

Projeto cria �rea com limita��o a constru��es em praias da Baleia e do Sahy

Proposta foi aprovada ontem na C�mara do munic�pio; �rea de alto padr�o � alvo de press�o imobili�ria

NAT�LIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL A S�O SEBASTI�O (SP)

Um projeto que cria uma �rea de prote��o ambiental de mais de 1 milh�o de m� em duas praias badaladas de S�o Sebasti�o, no litoral norte de S�o Paulo, foi aprovado na noite de ontem ap�s vota��o na C�mara Municipal.

Se o projeto for sancionado pelo Executivo, n�o poder� haver constru��es na �rea. As terras, que abrangem as praias da Baleia e Barra do Sahy, dever�o formar um "corredor ecol�gico" a ligar �reas de mangue � serra do Mar.

A extens�o equivale a aproximadamente 1 km�, ou cerca de 65% da �rea do parque Ibirapuera, em S�o Paulo.

Hoje, uma parte da �rea a ser transformada em unidade de conserva��o serve como dep�sito de lixo. O restante � alvo de press�o imobili�ria --a regi�o � marcada por condom�nios de alto padr�o.

"� uma �rea em que o metro quadrado � valios�ssimo", disse o secret�rio de Meio Ambiente de S�o Sebasti�o, Eduardo Hip�lito do Rego.

Segundo o secret�rio, a maior parte do terreno j� � classificada como �rea de preserva��o permanente, por estar pr�xima �s margens dos rios Sahy e Negro. A restri��o para construir, por�m, nem sempre � respeitada.

"A legisla��o hoje n�o � muito eficiente. Ent�o voc� acaba arrumando mecanismos para valer a lei", afirmou Eduardo Nunes, coordenador operacional da Sabaleia, associa��o que representa uma das praias da regi�o.

A ideia agora � que pescadores da �rea ajudem na fiscaliza��o. Em troca, o grupo poder� investir em turismo ecol�gico e em atividades de educa��o ambiental.

Outra medida ser� tentar recuperar o rio Sahy, hoje polu�do, o que impede a pesca em alguns pontos.

"O que a gente quer � preservar. Eu sou de um tempo em que se podia at� beber a �gua do rio. Hoje temos placas pedindo para as pessoas n�o entrarem nele", diz o pescador Nelson Nascimento, 51, conhecido como "Kati".

Para custear a manuten��o da �rea, a comunidade pretende pedir a ajuda de empresas que "adotem" o projeto.

"Queremos criar patroc�nios [do tipo] Adote uma APA [�rea de Prote��o Ambiental], uma loja de artesanato e criar alternativas de renda para os pescadores. Essa � a �nica �rea que conhecemos que abrange quatro ecossistemas, e por isso ela tem todo um diferencial", afirma a advogada Maria Fernanda Carbonelli Muniz, do movimento Preserve o Litoral Norte.

Segundo o movimento, a unidade tamb�m ir� ajudar na preserva��o de 84 esp�cies de aves, das quais 14 s�o end�micas-- existem somente na Mata Atl�ntica.


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