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Cotidiano

Malka Pesla Kaufman (1912-2013)

Tinha como ideal ajudar o pr�ximo

ANDRESSA TAFFAREL DE S�O PAULO

Quando vivia na Sib�ria, fugida do Holocausto, a m�e de Malka Pesla Kaufman deixava de comer para dar o pouco que tinha a outras pessoas.

A filha, que j� morava no Brasil, n�o chegou a ser v�tima da persegui��o nazista, mas sempre fez quest�o de seguir o exemplo da m�e e ajudar quem necessitasse.

Dedicou-se a organizar festas beneficentes enquanto viveu em Quat�, cidade do interior paulista em que foi morar com o marido, Kopel, ap�s deixar a Pol�nia, em 1934.

Anos mais tarde, quando se mudou para S�o Paulo, Mania --como era conhecida-- continuou a p�r em pr�tica sua filosofia de vida: em primeiro lugar, o pr�ximo.

Conselheira, sempre tinha uma palavra adequada para dar aos outros, mesmo quando o assunto era delicado.

Sentia muito pelos parentes que morreram v�timas do antissemitismo, mas era extremamente otimista em rela��o � vida. Gostava de dan�ar e cantar, coisas que fez at� os �ltimos anos de vida.

Tinha como hobby a pintura. Come�ou com porcelanas, mas se tornou especialista em quadros pintados a �leo.

A leitura era outra paix�o. Chegava a "devorar" dois livros por semana --sem precisar usar �culos. Tamb�m deixou escrita sua hist�ria para seus descendentes.

Na semana passada, disse � filha que estava cansada de viver e que queria encontrar o marido e os pais. Esp�rita, afirmou que "voltaria para contar como � a nova vida".

Morreu no s�bado (17), aos 100 anos. Deixa a irm�, Anne, 94, que mora em Nova York, os filhos, Anita e Rubens, oito netos e sete bisnetos.


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